O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) convocou na semana passada uma greve de seis meses, entre 1 de junho e 31 de dezembro, a “toda a atividade” na Portway e exigiu a adesão ao Acordo de Empresa (AE).
O STTAMP indicou em comunicado, distribuído na sexta-feira, dia 6 de maio, que “no seguimento dos pedidos de adesão ao Acordo de Empresa solicitados pelo STTAMP, tendo estes sido recusados pela administração da Portway [empresa de assistência em terra nos aeroportos], o sindicato solicitou a intervenção da DGERT para uma tentativa de conciliação que teve lugar hoje no Porto”.
O sindicato, considerando “a irredutibilidade da empresa em aceder à pretensão do STTAMP” e “impedindo desta forma” a sua participação “em qualquer processo negocial” decidiu “emitir um aviso prévio de greve a toda a atividade da empresa a nível nacional com efeitos a partir de 1 de junho até 31 de dezembro de 2022”.
O STTAMP disse ainda que “a posição prepotente manifestada pela empresa demonstra uma estratégia de clara tentativa de divisão dos trabalhadores” frustrando a prossecução “do objetivo comum” que passa pela “reivindicação de um acordo justo que permita estabilidade laboral aos trabalhadores”.
O sindicato garantiu ainda que irá “utilizar todos os meios” ao seu alcance para “a defesa dos valores basilares dos direitos dos trabalhadores”.
“O argumento utilizado pela empresa de que esta não pode continuar a ter dois acordos de empresa em vigor não colhe qualquer sustento prático, uma vez que são inúmeras as empresas nestas condições”, destacou.
“Durante o período de greve nos termos do aviso prévio emitido pelo STTAM estaremos atentos a todas as infrações que possam ter lugar, sendo que estão proibidas as alterações de horários, convocatórias para trabalho suplementar, contratação e subcontratação de trabalhadores ou serviços ou qualquer manobra que possa pôr em causa o direito irrenunciável à greve”, garantiu, apelando aos trabalhadores para que denunciem possíveis incumprimentos.
O comunicado do STTAM foi divulgado pela agência de notícias portuguesa ‘Lusa’ que indicou que tinha contactado, sem sucesso, a Portway para conhecer a posição da empresa sobre a convocação desta greve e as exigências do sindicato.