A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai manter inalterada a sua programação de voos, durante as inspeções obrigatórias aos aviões Boeing 737-700, orientadas pelas autoridades aeronáuticas dos EUA e da União Europeia, na sequência do acidente verificado na terça-feira, dia 17 de abril, com um avião da Southwest Airlines.
Carlos Vicente, porta-voz da TAAG, em declarações à agência de notícias ‘Angop’, esta semana em Luanda, lembrou que, apesar da companhia angolana de bandeira possuir cinco aeronaves Boeing 737-700, utilizadas nos voos domésticos e regionais, as inspeções não afetarão a sua programação.
“O INAVIC procede, neste momento, ao estudo das Diretivas de Aeronavegabilidade (AD’s) e dos Boletins de Serviço emitidos pelas autoridades aeronáuticas, findo o qual notificará a TAAG para o seu cumprimento”, afirmou.
Para Carlos Vicente, estes procedimentos não causarão, em princípio, qualquer constrangimento operacional a TAAG, pois poderão ser feitos durante os trabalhos normais de manutenção e serão acompanhados pelo INAVIC, para a garantia da segurança das operações.
“Na realidade, constatou-se que partes do motor se desintegraram e não houve fogo, o que levou as autoridades aeronáuticas a emitirem Directivas de Aeronavegabilidade (AD’s) em que orientam todos os operadores que possuem este tipo de aeronave e de motor acidentado a trabalhos de inspecção”, disse Carlos Vicente.
O fabricante dos motores, a CFM International, emitiu, de igual modo, um Boletim de Serviço, no qual orienta os operadores para trabalhos de inspeção nas pás (fans) dos motores.
Em Angola apenas a empresa de aviação de bandeira TAAG, de capitais públicos, e a SONAIR, companhia comercial controlada pela Sonangol, possuem aviões do tipo Boeing 737-700.
O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) tem como objectivo regulamentar, supervisionar e inspecionar os serviços da aviação civil, visando o desenvolvimento seguro, eficiente e sustentado da aviação em Angola, como estado membro da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO).