O presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Gilberto da Piedade Veríssimo, revelou, nesta terça-feira, dia 2 de fevereiro, que vários países da região manifestaram o desejo de verem a companhia aérea angolana TAAG operar para as suas capitais, noticia a agência ‘Angop’.
Gilberto Veríssimo, que é natural de Angola, foi recebido em audiência pelo ministro dos Transportes, Ricardo Abreu, em Luanda, onde se deslocou em visita de trabalho.
O presidente da CEEAC referiu que “se verifica um deserto aéreo de companhias nacionais, neste espaço, que está a ser ocupado por linhas aéreas de outras regiões e de outros continentes”. Pediu, igualmente, que conste da agenda do Ministério dos Transportes de Angola a criação de um pool de companhias aéreas da região, para se iniciar um programa de inter-conectividade entre as capitais dos estados membros da organização.
Com esta iniciativa, a Comunidade Económica dos Estados da África Central quer ver as distâncias mais encurtadas e permitir uma circulação mais expedita e menos onerosa de cidadãos e mercadorias entre os Estados membros.
Por sua vez, Ricardo Abreu agradeceu a visita e referiu que os assuntos abordados fazem parte do projeto de reforma institucional e legal do sub-sector da aviação civil angolano, mas a sua concretização passa por um conjunto de ações, que, segundo o ministro, estão plasmadas no programa das Linhas de Orientação Estratégica do ramo da Aviação Civil, iniciado com a transformação da TAAG em sociedade anónima e com a cisão da ENANA em SGA e ENNA, assim como a conversão do INAVIC em Autoridade Nacional da Aviação Civil, como um ente autónomo e independente.
O ministro explicou que “há todo um conjunto de questões técnicas e operacionais, ligadas ao sistema da aviação civil, que têm que ser superadas”.
Para o efeito, adiantou, “estamos a contar com a assistência da ICAO (Organização Internacional da Aviação Civil), de modo a que o país seja visto e reconhecido como um exemplo credível em África e mundialmente, com infra-estruturas devidamente certificadas, ao serviço do país, da região e do continente”.
Ricardo Abreu garantiu ainda que, no curto prazo, superada a questão da pandemia da covid-19 e dos seus efeitos, a TAAG, mediante um estudo já realizado sobre novos destinos, poderá retornar a alguns países da região e chegar a outros pela primeira vez.
No final do encontro foi acordado que deverão ser dados os passos subsequentes para trazer à mesa do diálogo as operadoras nacionais e os governos dos estados membros da CEEAC, a fim de refletirem sobre a necessidade de se incrementar a conectividade regional.