A TAAG – Linhas Aéreas de Angola informou neste fim-de-semana, a imprensa e as agências de viagens brasileiras de que deixará de voar na rota Luanda-Rio de Janeiro-Luanda, a partir do próximo dia 28 de outubro deste ano, início da nova temporada IATA 2019-2020, que se prolonga até final de março do próximo ano.
Os voos, presentemente com duas frequências semanais, são assegurados por aviões Boeing 777-300ER. O comunicado da TAAG não indica se será uma suspensão temporária ou definitiva.
A companhia angolana informa que todos os passageiros que têm reservas para depois da data da suspensão dos voos, serão protegidos nos quatro voos semanais que a TAAG manterá entre Luanda-São Paulo-Luanda, também com aviões B777-300ER. Os passageiros que partam do Rio de Janeiro seguirão em voo doméstico para São Paulo, indica a empresa africana que adianta que assumirá esses custos.
Tem se verificado nos últimos meses uma quebra de tráfego à partida do Aeroporto Internacional António Carlos Jobim/Galeão, na cidade do Rio de Janeiro. Os agentes de viagens cariocas indicam que é resultado do clima de violência e insegurança que se vive e constata em cada dia no itinerário de acesso ao aeroporto. Os passageiros preferem embarcar no Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, onde correm menos riscos, para depois tomar um voo internacional na Cidade de São Paulo.
Uma tripulação da TAAG, infelizmente, já viveu diretamente o drama da falta de segurança no Rio de Janeiro, o que não é um facto novo, pois arrasta-se desde há muitos anos. Nos últimos tempos o número de assaltos na zona voltou a aumentar, tendo por objectivo os viajantes.
O assalto de que foram vítimas 19 tripulantes da TAAG, chegados num voo de Luanda, ocorreu em novembro de 2004. Uma carrinha privada que transportava os 19 tripulantes e funcionários da companhia aérea angolana deslocava-se do Aeroporto do Galeão para um hotel na zona do Leme, no centro do Rio de Janeiro, quando foi abordada por um bando armado. Três ladrões entraram e despojaram os tripulantes de dinheiro, joias e relógios e dos seus passaportes. Um acontecimento muito falado nesse tempo, com repercussões na imprensa internacional.