A TAAG – Linhas Aéreas de Angola poderá ter lucros anuais avaliados em cerca de cem milhões de dólares, a partir de 2019, seguindo o plano de parceria estratégica que está a ser implementado com a Emirates Airline, anunciou nesta quinta-feira, dia 3 de Setembro, em Luanda, o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás. A parceria foi estabelecida no ano passado e assinada em 30 de Setembro de 2014 na cidade do Dubai, (Ler aqui nossa notícia anterior) mas a verdade é que a sua implementação tem sido adiada consecutivamente, devido a algumas dificuldades que fontes da companhia árabe atribuem apenas à parte angolana. As declarações do ministro angolano parecem confirmar que estão ultrapassadas todas as dificuldades que emperraram o lançamento do processo e que o plano poderá estar já em fase de implementação. Uma boa notícia para a aviação comercial em Angola e para a África em geral.
O ministro Augusto Tomás disse à imprensa no final de uma sessão conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na qual foi analisado o plano estratégico de desenvolvimento da companhia aérea nacional angolana, cujo capital pertence totalmente ao Estado Angolano.
O governante confirmou que no ano passado a TAAG teve prejuízos de 99 milhões de dólares, depois de sublinhar que o aumento da frota vai motivar o aumento das receitas e alterar para mais do dobro a atual capacidade de transporte da companhia.
Assim, está previsto o reforço da frota e dos destinos a nível regional, no continente africano, e intercontinental, uma melhoria dos serviços a prestar aos passageiros, e a formação de técnicos e gestores.
O plano de desenvolvimento e estratégico da TAAG, em implementação com a Emirates é considerado pelo ministro da tutela como “bastante ambicioso, o que traduz uma nova era para a companhia aérea nacional e também para a aviação civil em Angola”.
Até 2019, portanto dentro de quatro anos, a frota da companhia será composta por 21 aeronaves, no médio e longo curso, e as receitas deverão passar dos atuais 700 milhões para 2,3 mil milhões de dólares por ano.
Abertura de voos intercontinentais para EUA, França e Reino Unido
As autoridades angolanas esperam que em 2019, em resultado da parceria, a companhia tenha uma capacidade de transporte de 3,3 milhões de passageiros por ano, haja uma considerável redução do custos operacionais, e abertura de novos destinos em África e no mundo, tais como os voos para Houston (EUA), Paris (França) e Londres (Reino Unido).
Novos equipamentos e admissão e formação de pessoal
O ministro dos Transportes Augusto Tomás adiantou que o Governo de Angola pretende também potencializar a companhia, mediante a formação de gestores e técnicos angolanos, entre os quais 207 pilotos, utilizando a academia da Emirates, no Dubai.
Deverá haver um aumento de 10 aeronaves, sendo oito Boeings 777-300 e dois 737-700.
Segundo Augusto Tomás, o objectivo é o de levar para Angola uma gestão de nível internacional, alinhada ao melhor que existe a nível de aviação, considerando o ano de 2019 como o da viragem no domínio da aviação angolana.
“Pretende-se que a companhia seja saneada do ponto de vista económico e financeiro, através da optimização dos seus custos e da economia de escala”, declarou.
Programa de gestão de controlo aéreo em curso
Informou que está igualmente em curso o programa de gestão e controlo aéreo que visa a maximização do controlo da via oceânica e da via Atlântica de modo a garantir o pleno controlo das vias aéreas e marítimas.
O ministro informou que no quadro da refundação da TAAG e da parceria com a Emirates, o seu Conselho de Administração vai ser constituído por nove administradores, sendo cinco executivos e quatro não executivos.
- Notícia escrita com o apoio de elementos divulgados pela ANGOP – Agência de Notícias de Angola
A TAAG vai adquirir, até 2019, dois B.777-700??? Que aeronave é essa???
Boa Tarde, Leonardo. Já está emendado no texto da notícia inserida no ‘Newsavia’. A aeronave em questão é o Boeing 737-700. Contudo, no comunicado do Governo de Angola, divulgado pela Angop e alguns órgãos de informação angolanos, pode ler-se: “Deverá haver um aumento de 10 aeronaves, sendo oito boeings 777-300 e duas 777-700”.
Tem toda a razão a sua questão, mas a informação disponibilizada e ainda não corrigida, em Angola, induziu-nos em erro. Alertados por outros nossos leitores já tínhamos ido à procura da informação mais correta. Obrigado pelo alerta.
Muito bom.