A privatização da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde ocorrerá apenas depois de a companhia pública ter sido alvo de um processo de saneamento financeiro, afirmou Olavo Correia, ministro das Finanças do Governo de Cabo Verde.
O governante justifica que é necessário “acrescentar valor à companhia aérea de bandeira antes de se poder pensar na respectiva privatização”, refere esta semana o jornal nacional ‘Correio das Ilhas’.
Em finais de 2015, o governo então em funções anunciou publicamente que a TACV apresentava um passivo de 10 mil milhões de escudos (102 milhões de dólares), sendo ainda necessário proceder à reposição dos capitais próprios da companhia.
A então ministra das Finanças, Cristina Duarte, afirmou nessa altura que “tem sido muito difícil colocar a TACV no mercado” e justificou essa afirmação com o “passivo crónico” de uma companhia que é pequena e tem um reduzido número de aviões e de rotas.
A TACV, fundada em 1958, ainda no tempo do domínio colonial português, foi durante muitos anos a única transportadora aérea entre as ilhas do arquipélago. Hoje está no mercado com a Cabo Verde Express e, brevemente, com a Binter Cabo Verde. Contudo, continua a ser a única companhia com bandeira deste país insular africano que assegura ligações internacionais para a Europa e para os Estados Unidos da América.
Devido a limitações de frota, nos últimos meses tem recorrido a fretamentos de aviões estrangeiros, nomeadamente da companhia portuguesa EuroAtlantic Airways.