O grupo TAP cancelou no domingo, dia 03 de Maio, 83 voos, a maioria dos quais seria feita pelos aviões e tripulantes da PGA Portugália Airlines, companhia que pertence ao grupo e que realiza ligações domésticas e voos para países europeus e para aeroportos do Norte de África.
Até às 19h00 deste domingo tinham sido feitos 189 voos, o que corresponde a 70% dos 272 voos programados para este dia, confirmou André Serpa Soares, porta-voz da empresa aérea portuguesa. Desses 163 voos, 31 estavam abrangidos pelos serviços mínimos.
No final do terceiro dia da greve dos pilotos do grupo TAP estima-se que seja possível contar com cerca de 300 voos realizados, contando as partidas de aeroportos portugueses, quer em ligações regionais (domésticas e europeias) como em voos internacionais e intercontinentais.
O porta-voz da TAP acrescentou ainda que, “a cada dia que passa, a situação piora, na medida em que aumenta o número de passageiros afetados”.
Questionado pela agência noticiosa portuguesa Lusa sobre a possibilidade de o número de voos cancelados aumentar ao longo dos dez dias de greve por necessidade de respeitar o tempo de descanso dos pilotos, André Serpa Soares afirmou que o problema não se coloca, “porque os pilotos de serviço não são sempre os mesmos”, prevendo-se que “a tendência para a realização de 70% dos voos se mantenha na segunda-feira”.
“Na TAP é escrupulosamente respeitado o tempo de descanso obrigatório dos pilotos. Não são violados os regulamentos de segurança de voo”, garantiu o porta-voz da companhia aérea, reforçando que a empresa é “intransigente” nessa matéria.
O que tem sucedido é que, “até hoje, têm-se apresentado ao serviço pilotos em número suficiente para assegurar aquela percentagem de voos”, afirmou.
SPAC fala em 50% e acusa a TAP de utilizar 200 pilotos com funções de chefia
A greve dos pilotos da TAP levou ao cancelamento de 50% dos voos planeados, até às 18h00 de domingo, e a estimativa era que atingisse os 70 a 80%, afirmou em Lisboa Manuel Sêrro, diretor do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).
“A adesão está a evoluir no sentido esperado e, na PGA [Portugália], os voos cancelados superam os 90%”, afirmou o diretor do SPAC.
No terceiro dia de greve dos pilotos da transportadora aérea portuguesa, o sindicato lamentou que a empresa esteja a utilizar entre 190 a 200 “pilotos que pertencem à estrutura de chefia [como por exemplo instrutores, verificadores, chefes de pilotos]”, conseguindo, com isso, “viabilizar a operação durante os primeiros dias”.
Numa conferência de imprensa realizada ao final da tarde de domingo, Miguel Sêrro afirmou-se “disposto a qualquer negociação” com o Governo em relação às exigências dos pilotos face à privatização da empresa.