A TAP contactou a “larguíssima maioria dos passageiros” com voos marcados para os próximos domingo e terça-feira para reprogramarem as suas viagens e encara a greve de dois dias com “absoluta tranquilidade”, disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea.
A 15 de Outubro, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) entregou um pré-aviso de greve de quatro dias, repartido em dois períodos: o primeiro foi a 30 de Outubro e a 1 de Novembro e o segundo será a 30 de Novembro e a 2 de Dezembro.
Fonte oficial da TAP adiantou à agência noticiosa portuguesa Lusa que, quando foi entregue o pré-aviso de greve, a companhia suspendeu a venda de viagens para os dias em causa e, entretanto, a “larguíssima maioria dos passageiros” já reprogramaram as suas viagens.
Por isso, a companhia liderada por Fernando Pinto encara com “absoluta tranquilidade” a paralisação dos tripulantes, lamentando “todo o impacto negativo que a greve terá para os passageiros e para a empresa”.
Em causa, acrescentou, estão prejuízos diários de cerca de cinco milhões de euros, além de afetar a “reputação e imagem da TAP”.
Na quarta-feira, o SNPVAC anunciou a intenção de manter o segundo período de greve para exigir o cumprimento do acordo de empresa em vigor desde 2006, por considerar que as conversações com a empresa foram infrutíferas.
De acordo com o comunicado do sindicato, a TAP apresentou uma proposta de alteração ao acordo de empresa que foi refutada pelos representantes dos trabalhadores e o SNPVAC apresentou uma contra-argumentação que não teve resposta, encerrando-se assim o processo.
Fonte da TAP disse à agência Lusa que “as conversações entre as duas partes têm vindo a decorrer e que a empresa mantém as portas abertas ao diálogo”, mas que “há coisas que não são possíveis de satisfazer” por terem impacto remuneratório.