A embaixada de Portugal em Maputo anunciou a realização de dez voos comerciais entre Lisboa e a capital moçambicana, cinco em cada sentido, até final de agosto, para ultrapassar restrições impostas pela pandemia covid-19.
“Em articulação com o Governo de Moçambique, serão realizados voos humanitários entre Lisboa e Maputo, operados pela TAP e com transporte de passageiros nos dois sentidos”, refere a representação diplomática, sublinhando que os voos são “coordenados pelo Estado Português”.
Os voos de Lisboa para Maputo decorrem hoje e nos dias 6, 13, 20 e 27 de agosto. Os voos de Maputo para Lisboa realizam-se nos dias 1, 8, 15, 22 e 29 de agosto.
Segundo a embaixada, “tratando-se de voos humanitários e de apoio ao regresso”, apenas estão autorizados a viajar passageiros com nacionalidade ou autorização de residência no destino (salvo autorizações excecionais), que no caso de Portugal inclui familiares e estados da União Europeia ou associados ao espaço Schengen.
Apesar de terem a designação de voo humanitário, os bilhetes são vendidos pela TAP, que disponibiliza informações adicionais sobre as condições aplicáveis ao embarque.
“Sendo voos coordenados pelo Estado Português, os passageiros não necessitam de solicitar diretamente a autorização de entrada ou saída ao Ministério do Interior de Moçambique, sendo a referida autorização solicitada para todos os passageiros”, acrescenta a embaixada.
Quem tiver alguma dificuldade para efetuar reserva num dos voos de Maputo para Lisboa e uma “comprovada urgência nesta deslocação, por motivos graves de saúde ou por partida definitiva do país” deve contactar o Consulado-Geral em Maputo ou o Consulado-Geral na Beira, acrescenta.
A nota da embaixada refere-se que “todos os passageiros dos voos de Lisboa para Maputo deverão realizar um teste à chegada que será disponibilizado pelas autoridades de saúde moçambicanas” e deverão esperar pelos resultados antes de seguirem para outros destinos dentro do país.
Um teste feito no estrangeiro, “ainda que o resultado seja negativo, poderá não dispensar da obrigatoriedade do novo teste à chegada”.
É ainda obrigatório “o cumprimento de um período de quarentena domiciliária de 14 dias, à chegada a Moçambique”.
No trajeto Maputo-Lisboa “é obrigatória a apresentação, no momento do embarque, de comprovativo de realização de teste laboratorial” para despiste da covid-19, com resultado negativo, feito até 72 horas antes do embarque.
Caso contrário, será necessário pagar um teste no aeroporto e cumprir com as normas associadas ao procedimento, com detalhes no portal da Direção Geral da Saúde portuguesa, na Internet (covid19.min-saude.pt).
Voo de repatriamento de Moçambique fretado pela LAM chega a Lisboa
Entretanto, nesta quinta-feira, dia 30 de julho, chegou a Lisboa um voo de repatriamento que foi organizado pela LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, que para tal fretou um avião Airbus A330-300 à Hi Fly. A aeronave, matrícula 9H-TAJ, tinha saído de Lisboa na terça-feira, dia 28, em direção a Maputo, onde pernoitou e a tripulação descansou até levantar voo na madrugada desta quinta-feira, pelas 00h20 locais. Chegou à capital portuguesa pelas 09h24 locais, segundo registos da ‘FlightRadar24’ após cerca de 10 horas de voo.
- Foto de abertura ©Frenchpainter