TAP não vai usar o Aeroporto Complementar no Montijo

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“Sou a favor do Montijo, mas não o quero usar porque senão perco o ‘hub’ (plataforma de ligações), a conectividade”, disse Antonoaldo Neves, presidente executivo da TAP, aos deputados que quiseram ouvi-lo na manhã desta quinta-feira, dia 13 de setembro, em Lisboa, numa comissão especializada da Assembleia da República.

Antonoaldo recordou aos deputados portugueses que na nova estrutura que resultará da ampliação e melhoramento da base aérea do Montijo, já denominada Aeroporto Complementar de Lisboa, não podem aterrar aviões grandes, pelo que estará reservada para voos regionais e para as companhias de baixo custo que operam para a capital portuguesa.

“Desejo tudo de bom para o Montijo, o mais rápido possível”, acrescentou Antonoaldo Neves.

 

Criação de uma base operacional da TAP no Porto depende do novo Acordo de Empresa

Ao falar depois sobre o Aeroporto do Porto, no norte de Portugal, referiu haver condições para avançar com uma base “sem restrições e que tenha condições para ter a quantidade de pilotos e de tripulantes” que a companhia deseja.

Porém, as condições dessa base estão dependentes de um novo Acordo de Empresa (AE) com o sindicato dos tripulantes de cabina.

Aos deputados, Antonoaldo Neves voltou a garantir que houve um acordo com direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e que há documentos assinados. “O que eu combino, eu cumpro”, concluiu.

Depois de mais de três horas de audição, o presidente executivo da TAP manifestou “tristeza enorme” que os tripulantes não usufruam das condições que a TAP apresentou na proposta do novo AE.

Antonoaldo Neves disse que as discussões de aumentos salariais até 2023 estavam incluídas na negociação do novo acordo e instou o SNPVAC a clarificar se quer continuar este processo ou abrir um novo.

“É uma questão de palavra, uma questão de honrar o que está comprometido”, reafirmou.

Antonoaldo Neves informou que num dos acordos firmados com um dos sindicatos ficou estipulado que não haverá mais de 2% de recurso a tripulações contratadas externamente e que não entrou na corrida da compra da SATA porque o “modelo de governança era um pouco diferente” do esperado.




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