O presidente executivo da TAP Air Portugal, Fernando Pinto, enviou este domingo, dia 28 de janeiro, uma carta aos tripulantes da empresa onde reconhece que “houve incumprimento quanto ao acordo de operação do A330-300”, avião que reforça a frota da transportadora e ao qual não estavam ligadas as devidas condições de descanso do pessoal de cabina, noticiou nesta tarde o jornal ‘Público’ na sua edição digital.
Nos últimos três dias, diz o gestor (que cessa funções no final do mês, substituído por Antonoaldo Neves), a administração tem-se reunido com a direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que “detalhou os motivos da greve” anunciada para 9, 10 e 11 de Fevereiro (período de Carnaval), e que poderá agora ser desconvocada.
Foi desse encontro que saiu a noção da falha por parte da TAP, ficando a empresa de “dar início ao cumprimento dos procedimentos que não estavam a ser seguidos”. Na carta, Fernando Pinto, que antes falara de “distorções da verdade”, considerando que a greve era “ilegal e com base em fundamentos “falsos”, fala agora em “agenda de diálogo” (LINK notícia relacionada)
A TAP é ainda alvo de críticas por parte do sindicato porque “não cumpre a lei relativamente aos direitos da parentalidade”.
TAP aguarda agenda de negociação que será enviada pelo SNPVAC
“Aproveitámos os encontros já tidos para encetar conversações quanto a outros pontos pendentes”, diz Fernando Pinto, adiantando que “ficou também acordado o envio, por parte da direção do SNPVAC, de uma agenda de negociação da proposta de novo acordo de empresa”. Isto depois de a administração ter renunciado o acordo que estava em vigor.
“Em nome da TAP, e em meu nome pessoal, só posso lamentar o referido equívoco”, diz Fernando Pinto na carta aos tripulantes. “Por outro lado, saudamos este início de diálogo que consideramos ser muitíssimo positivo e de grande mais-valia para os tripulantes, para a TAP e para quem todos nós servimos: os nossos passageiros”.
Esta segunda-feira, dia 29 de janeiro, haverá uma assembleia-geral do SNPVAC para analisar os novos desenvolvimentos, podendo haver uma votação para cancelar a greve prevista para o período de Carnaval, acrescenta o jornal ‘Público’.
- Foto © Manuel Ribeiro