A TAP Portugal decidiu atacar a concorrência low cost e desenhar uma estratégia que determinará a segmentação dos aviões da companhia aérea em escalões de regalias e preços. Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, avisa assim que “parte dos aviões europeus vão ser low cost”. O princípio determina que quem paga menos não espera as mesmas regalias. Por isso as refeições a bordo e a bagagem de porão não estarão disponíveis por defeito mas sim mediante um determinado valor, como já havia adiantado David Neeleman, um dos novos proprietários da TAP.
Esta nova estratégia contempla ainda a reorganização do interior dos aviões da transportadora, com melhoria da classe executiva mas um conforto no resto da aeronave que estará dependente do preço que cada passageiro quiser pagar. Apesar de não querer “aviões exclusivamente low cost” porque a TAP não tem mercado para isso, Fernando Pinto afirma que há uma necessidade óbvia de combater a concorrência agressiva de companhias como a EasyJet ou a Ryanair.
O gestor da companhia portuguesa esclareceu igualmente que não existe qualquer acordo de code-share com a Ryanair para o longo curso mas não colocou a questão de parte, desde que seja vantajoso para todos. Fernando Pinto também recusou a possibilidade de cortar voos de longo curso com saída do aeroporto Sá Carneiro. No âmbito de uma reestruturação do grupo a frota da Portugália – PGA Airlines, companhia subsidiária da TAP para os voos regionais na Europa e nas ilhas, vai também ser renovada com a troca dos seis Fokker F-100 até ao final de 2016, ainda que não esteja ainda escolhido o avião que irá substituir os Embraer EMB-145 Private, de menor capacidade, que também integram a companhia.