Registaram-se ao princípio da tarde desta terça-feira, dia 1 de fevereiro, tiroteios entre militares na Base Aérea de Bissau, na mesma zona onde está instalado o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, que serve o tráfego civil na Guiné-Bissau. Não há notícia de vítimas.
Segundo o ‘Newsavia’ conseguiu apurar o confronto entre militares fiéis e contrários ao atual Presidente da República – na sequência de uma tentativa de golpe de Estado em curso no País – não afetaram o embarque de passageiros nem o despacho do voo da TAP Air Portugal com destino a Lisboa.
O avião português, um Airbus A320neo, matrícula CS-TVG, partiu de Bissau pelas 14h45 locais (mesma hora UTC e em Portugal), sem quaisquer incidentes, e viajou para o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde chegou pelas 18h27 (TP1478), segundo registos aeroportuários.
Para esta tarde, pelas 18h20, estava prevista a chegada a Bissau de um Boeing 737-700 da Asky Airlines, uma companhia aérea do Togo, que realiza um voo comercial com origem em Lomé, com escala em Dacar, no Senegal. Não se registou o movimento, dadas algumas restrições de pessoal em Bissau, indicação de que as operações aeroportuárias estão suspensas, até clarificação da situação político-militar.
Quanto ao que se passou em Bissau as notícias são confusas. Indicam um ataque de militares não uniformizados ao Palácio Presidencial, onde estava reunido o Conselho de Ministros, com a presença do Presidente Umaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam. Foi noticiada a ocorrência de diversas vítimas nas ruas próximo do palácio, mas são contraditórias as informações. O Presidente da República anunciou que falaria ao País ao princípio da noite. Diversas organizações internacionais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidos, apelaram ao fim dos combates e pediram um entendimento entre as forças em conflito.
- Notícia atualizada às 19h00 UTC