O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) e os trabalhadores demitidos da LATAM Airlines Brasil marcaram para esta segunda-feira, dia 25 de março, a partir das 09h00, uma ação de protesto no Aeroproto Internacional de Guarulhos (GRU Airport), o maior do Estado de São Paulo, contra as demissões arbitrárias de funcionários da maior companhia aérea do Brasil e para exigir a readmissão desses trabalhadores.
A mobilização acontecerá em frente à Subsede do Sindicato, no Aeroporto, entre os terminais 1 e 2. O Sindigru já entrou com pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT) e terá uma reunião com o departamento jurídico da LATAM no próximo dia 2 de abril, avisa um comunicado da estrutura sindical.
O comunicado distribuído alerta para o clima tenso que se vive nos bastidores da LATAM, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) recebeu uma grave denúncia de que os trabalhadores dos setores de atendimento e check-in no Aeroporto foram surpreendidos com demissões de forma arbitrária e desumana pela LATAM.
Segundo o Sindicato, a empresa demitiu de uma vez só 40 funcionários e funcionárias na quinta-feira, dia 21 de março, por justa causa, alegando que eles teriam praticado fraude na emissão de passagens, ou seja, teriam alterado o destino das passagens de alguns clientes, sem prévia autorização. Há rumores dentro da empresa de que o número de demitidos poderá ser ainda maior.
Para o diretor do Sindigru, Vitor Castro, essa acusação da LATAM é infundada. “Os trabalhadores do check-in nem sequer têm acesso a troca de destino das passagens, mas sim, o supervisor, que não foi demitido”, conta. Outro ponto que dirigente sindical destaca é que os funcionários do atendimento ao passageiro conseguem apenas alterar o horário e a data da passagem, mas não o destino.
Na opinião do Sindicato, as supostas fraudes podem estar atreladas a falhas no novo sistema de emissão de passagens, que foi implementado pela LATAM há cerca de oito meses. “Os trabalhadores não tiveram treinamento adequado para operá-lo e o sistema anterior não há registros de fraudes desse tipo”, informa o dirigente.
O Sindicato está dando todo o suporte para os trabalhadores e trabalhadoras e têm orientado aos demais para que não assinem nenhum documento sob pressão.