Tripulações portuguesas e espanholas voltam a pernoitar na Venezuela

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A administração da companhia aérea espanhola Air Europa decidiu que estão reunidas as condições de segurança para que os tripulantes dos seus voos entre Madrid e Caracas voltem a pernoitar e a descansar na Venezuela, o que está a acontecer desde o início do corrente mês de julho.

Em junho passado as tripulações da companhia portuguesa Euro Atlantic Airways, que realiza os voos Lisboa-Caracas para a TAP Air Portugal, já tinham voltado a pernoitar Venezuela, depois de algum tempo terem optado pela ilha de Curaçau, onde os aviões de bandeira portuguesa escalavam depois de uma primeira aterragem no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, a cerca de 40 quilómetros a norte da capital venezuelana.

Na semana passada as autoridades venezuelanas, através de vários contas no Twitter, tinham destacado que as tripulações de companhias aéreas estrangeiras estavam a regressar, o que confirmava “o ambiente de segurança e normalidade que se vive hoje na Venezuela”. Além das duas companhias ibéricas, também as tripulações da Air France voltaram e a Turkish Airlines que começou a voar regularmente com voos diretos entre Istambul e Caracas também deixa os seus tripulantes a descansar na Venezuela.

As tripulações da Air Europa estavam a descansar em La Romana, na República Dominicana, depois de um incidente em que se viram envolvidos diversos tripulantes da companhia espanhola na capital venezuelana, em março passado, apanhados no meio de um tiroteio entre supostos sequestradores e forças policiais que asseguravam a proteção dos tripulantes da Air Europa. Não houve feridos.

 

Apenas oito companhias estrangeiras a voar para Caracas

Presentemente há oito companhias aéreas estrangeiras a voar para Caracas: as espanholas Iberia (de Madrid), Air Europa (de Madrid) e Plus Ultra Liñeas Aéreas (de Madrid e de Santa Cruz de Tenerife, nas Canárias); a portuguesa Euro Atlantic Airways que faz os voos regulares da TAP Air Portugal de Lisboa, através de um contrato de wet lease; Air France, de Paris (França); Copa Airlines, da Cidade do Panamá e de Bogotá (Colômbia); Turkish Airlines, de Istambul (Turquia) e Caribbean Airlines, da Trinidad e Tobago.

Há ainda quatro companhias de bandeira venezuelana que voam para destinos internacionais: a estatal Conviasa (Guayaquil, Havana e Quito), a Avior (Lima, Guayaquil, Curaçau, Medellín, Cali, Bogotá e Manaus), a Laser (Santo Domingo, Panamá, Curaçau e Aruba) e a Estelar. Esta última companhia realiza voos de longo curso – Madrid (Espanha), Buenos Aires (Argentina), e Santiago do Chile e dentro de poucas semanas Lisboa e Madeira (Portugal) – com aviões Airbus A340 fretados à companhia portuguesa Hi Fly. Voa ainda com aviões Boeing 737 para Miami (EUA) e Lima (Peru).

Outra companhia de bandeira nacional, a Venezolana de Aviación, parada desde há vários meses, anunciou na semana passada que irá voltar a voar com novos equipamentos e nova estrutura diretiva e operacional. Adiantou que a primeira rota será entre a cidade de Barquisimeto, no Estado Lara, na parte oeste da Venezuela, e a cidade de Santo Domingo, na República Dominicana.

As maiores companhias internacionais que voavam para a Venezuela deixaram de fazê-lo, algumas desde há dois anos, devido a dois factores principais: a enorme dívida que a Cadivi (entidade responsável pela transferência de divisas para o estrangeiro) tem para com elas e à falta de segurança na cidade de Caracas, que coloca em risco as tripulações que têm de descansar na capital venezuelana depois de um voo de longo curso. Outra razão, não menos importante, é o decréscimo do tráfego face à grande crise sócio-económica porque passa a Venezuela.

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