O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou nesta terça-feira, dia 22 de novembro, que a greve dos tripulantes de cabina, marcada para os dias 8 e 9 de dezembro, deverá ter uma oferta de serviços mínimos limitada, afastando-se das ligações entre continente e ilhas por haver alternativas.
Num pré-aviso publicado na comunicação social, o SNPVAC regista que voos de regresso diretamente para o território nacional para Lisboa e Porto, voos de emergência, voos militares e voos de Estado, nacional ou estrangeiro são considerados “como serviços mínimos a assegurar a satisfação das necessidades sociais impreteríveis, no período decretado de greve”.
O sindicato acrescenta que “o conceito de necessidades impreteríveis apenas se confina às regiões autónomas dos Açores e da Madeira”, onde o transporte aéreo é essencial “por razões de coesão nacional e isolamento das populações”.
De fora do pré-aviso ficam, para já, os voos da TAP entre continente e ilhas das regiões autónomas.
O SNPVAC regista que nos dias da greve haverá “outras operadoras (SATA/easyJet/Ryanair) que asseguram a ligação entre o continente e qualquer uma das ilhas das regiões autónomas, existindo, por conseguinte, meios alternativos de transporte aéreo”.
Na segunda-feira, dia 21, o sindicato afirmou que a TAP tinha apresentado uma proposta aos tripulantes de cabina, mas que não tinha condições para a analisar no prazo estabelecido pela companhia aérea (LINK notícia relacionada).
Os tripulantes de cabina da TAP anunciaram uma greve nos dias 8 e 9 de dezembro, convocada pelo SNPVAC, apontando como motivos o “descontentamento, revolta e mal-estar” entre os trabalhadores.
A TAP e os sindicatos encontram-se em negociações para a revisão do Acordo de Empresa (AE), no âmbito do plano de reestruturação.
- Foto de abertura © Rui Sousa