A companhia aérea norte-americana United Airlines anunciou o regresso aos lucros no segundo trimestre de 2022, ainda assim aquém das expetativas dos analistas, devido em grande parte ao aumento dos preços dos combustíveis.
A empresa, com sede em Chicago, apresentou nesta quarta-feira, dia 20 de julho, lucros de 329 milhões de dólares (322,8 milhões de euros), comparados com prejuízos de 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) no primeiro trimestre.
A United Airlines teve receitas de 12,1 mil milhões de dólares (11,9 mil milhões de euros), o valor mais elevado de sempre para a companhia aérea num segundo trimestre, 9% acima do registado antes da pandemia de covid-19.
A empresa continua a fazer menos 15% dos voos que operava antes da pandemia e disse que irá manter os níveis atuais em vez de crescer cerca de 10% na segunda metade do ano, como tinha previsto originalmente.
O presidente executivo da United Airlines, Scott Kirby, culpou a falta de pessoal nos aeroportos, incluindo Heathrow, em Londres (Reino Unido), e Newark, em Nova Jersey (EUA), e a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) norte-americana, que lida com o controlo do tráfego aéreo.
“Dissemos a Heathrow quantos clientes teríamos (…) eles não contrataram pessoal para isso” porque não acreditaram, disse Kirby à televisão norte-americana CNBC.
“Estamos a ser forçados a cancelar voos porque Heathrow não pode receber os voos”, acrescentou.
A United Airlines anunciou recentemente que cortará cerca de 50 voos por dia no aeroporto de Newark/Nova Jersey, depois de semanas de inúmeros cancelamentos e atrasos.