Vários países e companhias mandaram parar os Boeing 737 MAX

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Na sequência do acidente fatal ocorrido com um Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, diversos países e companhias aéreas mandaram ou decidiram parar as suas frotas de aeronaves deste modelo.

Face a alguns comentários e análises de especialistas em aviação, nomeadamente pilotos e engenheiros aeronáuticos, começaram a surgir algumas dúvidas quanto ao desempenho do aparelho, face a dois acidentes fatais com o Boeing 737 MAX, avião que está inevitavelmente associado às duas mais recentes tragédias aéreas, com 189 mortos (Lion Air em 29 de outubro de 2018) e com 157 mortos (Ethiopian Airlines no dia 10 de março).

Logo na manhã desta segunda-feira, dia 11 de março, soube-se que a Autoridade Nacional de Aviação Civil da China (CAAC), tinha mandado suspender todos os voos com aviões Boeing 737 MAX ao serviço de companhias aéreas do País. Contam-se por cerca de uma centena os aparelhos que foram estacionados até nova decisão da CAAC, que aguardará um parecer técnico internacional, baseado no qual poderá ordenar uma inspeção nos aviões. A China é o país que mais aparelhos vai receber do novo modelo da Boeing, tendo presentemente cerca de uma centena dos 325 aviões B737MAX8 e 20 B737 MAX 9 que já foram entregues pela fábrica norte-americana.

A Etiópia, a Indonésia e Marrocos também mandaram parar os aviões deste modelo registados nesses países. Seguiram-se depois algumas companhias aéreas que já operam o B737 MAX, entre elas a Cayman Airlines, a Aeromexico e a brasileira GOL – Linhas Aéreas Inteligentes que já tem na sua frota sete aparelhos de nova geração da Boeing.

Esta é a segunda grande crise porque passa a Boeing nesta década, depois dos problemas com os motores dos novos Boeing 787 Dreamliner, em janeiro de 2013.

A linha 737 da Boeing, que já passou por algumas versões, de acordo com melhoramentos tecnológicos que a fábrica norte-americana foi introduzindo nos aparelhos, é a gama mais vendida de aviões comerciais em todo o mundo. É também a que mais voo.

A 31 de janeiro passado, a Boeing tinha 5.011 aeronaves deste modelo encomendadas para 79 clientes. As maiores encomendas registadas são para Southwest Airlines, a maior companhia de baixo custo dos EUA, com 280 aparelhos. Seguem-se a FlyDubai, dos Emirados Árabes Unidos, com 251; e a Lion Air, da Indonésia, com 100 encomendas firmes.

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