O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela emitiu, no sábado, dia 27 de agosto, uma notificação para o sector aeronáutico, assinada pelo seu presidente, Jorge Luís Montenegro Carrillo, em que proíbe toda a circulação de aeronaves classificadas como de aviação geral ou privada em todo o espaço aéreo sob jurisdição da República Bolivariana da Venezuela, até ao dia 5 de setembro próximo, inclusive.
Esta proibição, que teve efeitos imediatos, abrange também todos os sistemas de aeronaves ou objetos voadores controlados à distância, denominados vulgarmente por drones.
A autoridade nacional de aviação venezuelana não explica as razões da proibição, mas a imprensa nacional e internacional, relaciona a medida como sendo de prevenção contra eventos que possam ocorrer durante a manifestação que está convocada pela oposição ao Presidente Nicolas Maduro, marcada para a próxima quinta-feira, dia 1 de setembro, na cidade de Caracas.
A Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou que vai “tomar” a cidade de Caracas, “pelos quatro pontos cardeais”, para exigir a realização de um referendo revogatório do mandato do Presidente Nicolás Maduro.
A medida decretada pelo INAC Venezuela por solicitação de estâncias governamentais, está a ser muito contestada no País. Neste domingo, dia 28 de agosto, há notícia de que diversos navios, entre eles os que transportam crude e outros produtos minerais, estão bloqueados no Delta do Orinoco, sem poderem seguir viagem, pois os seus pilotos e outros tripulantes deslocam-se em aviões e helicópteros de empresas privadas de transporte.