Venezuela prorroga restrições para voos internacionais – Portugal continua de fora

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O Governo da República Bolivariana da Venezuela prolongou por mais um mês, até às 23h59 do próximo doa 18 de dezembro de 2021, as restrições em vigor quanto à circulação de aviões comerciais e tráfego de passageiros nos aeroportos do País.

O NOTAM AO467/21 indica que só estarão autorizados os voos regulares oriundos seis países estrangeiros, considerados pelo Governo de Nicolas Maduro como “países amigos da revolução bolivariana”: Bolívia, México, Panamá, República Dominicana, Rússia e Turquia.

Entretanto, e como já foi noticiado algumas companhias espanholas solicitaram autorizações a Caracas para a realização de alguns voos humanitários nos dois últimos meses deste ano, licenças que já foram concedidas (Iberia, Air Europa e Plus Ultra). Os voos estão programados e, segundo os agentes de viagens venezuelanos que trabalham para a Europa, nomeadamente para Espanha e Portugal, de onde é originária a maioria dos imigrantes na Venezuela, os voos estão em curso com grande procura, para os aeroportos de Madrid Barajas e de Tenerife Sul, nas Ilhas Canárias.

Portugal continua afastado de qualquer lista de exceção, mesmo tendo na Venezuela mais de um milhão de naturais e descendentes. Agentes de viagens nacionais disseram ao ‘Newsavia’ que parece haver pouca vontade da parte das entidades portuguesas, e da própria TAP, em resolver o problema que colocou em posições adversas os dois países, nomeadamente quanto à aviação comercial e, especificamente, ao transporte de passageiros. No entanto, uma coisa é certa: em termos de carga aérea a atuação da TAP Air Cargo tem sido bastante meritória e elogiada. A companhia está a realizar uma média de dois voos semanais com aviões Airbus A330-900neo, com cabina adaptada para transporte de carga, entre Lisboa e Caracas. Mostra o potencial da linha nesse sector específico, numa fase em que os produtos portugueses estão em alta nos supermercados venezuelanos, incluindo frescos da Ilha da Madeira.

Quanto aos passageiros a TAP terá solicitado a realização de cinco voos humanitários. Desconhece-se por agora o resultado da pretensão da companhia portuguesa, que tinha em vista o tráfego de Natal. Contudo, os agentes de viagens contactados dizem que a TAP não mostrou, por agora, interesse em retomar a rota de forma regular.

O presidente do INAC – Instituto de Aeronáutica Civil de Venezuela (autoridade nacional de aviação civil no país), Juan Manuel Teixeira Dias, é de ascendência portuguesa, filho de pais naturais da ilha da Madeira, de onde chegou a maioria dos imigrantes portugueses, e terá dito recentemente que não recebeu qualquer indicação da TAP ou do Governo português com vista ao reatar dos voos regulares entre os dois países.

 

 

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