Visita ao hub ME3 do Dubai em A380 da Emirates

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Relato aqui um voo TAP com code-share na Emirates de Lisboa até Kuala Lumpur (KUL) e depois interline com a Malaysia Airlines até Penang (PEN). A Emirates enviou o Boeing 777-300ER A6-EGE, cabine configurada com 8 assentos na primeira classe, 42 em executiva e 304 em económica (F8 C42 Y304).

Figura 1: Emirates Boeing 777-300ER A6-EGE em Lisboa
Figura 1: Emirates Boeing 777-300ER A6-EGE em Lisboa
Figura 2: Fuselagem do Emirates Boeing 777-300ER A6-EGE no Dubai
Figura 2: Fuselagem do Emirates Boeing 777-300ER A6-EGE no Dubai

Inacreditável o que aconteceu ainda antes do push-back. A 10 minutos de sairmos, aparece uma A/B, portuguesa, a perguntar se sabíamos qual era a mala da senhora da coxia. Lembrava-me de ter visto outra senhora a arrumar a bagagem em cima e a sentar-se poucos minutos antes. Aparentemente teve algum problema repentino e saiu pela porta fora do avião tendo dito apenas que tinha deixado uma bagagem de mão escura. Na Emirates tudo é vistoso, ornamentado, e a quantidade de filmes no sistema de entretenimento ICE é muito superior as companhias ocidentais.  É entregue em papel o menu daquele voo concreto, que incluía um pequeno pacote de bolachas Maria. Têm a bordo o sistema de comunicações OnAir do qual a TAP foi pioneira. Oferecem wifi grátis com plafond 20mb o que é suficiente para mensagens WhatsApp e chamadas Skype. A chegada ao Dubai foi noturna, deu para apreciar a monstruosidade da infraestrutura, da dimensão competitiva da Emirates, e do poder deste hub ME3. E pensar que o plano é mudar para o novo aeroporto DWC. Desta vez tive a sorte de desembarcar de autocarro. Estavam 30 graus e já passava da meia noite.

O Terminal 3, quando inaugurado era a maior infraestrutura coberta do mundo em área pavimentada, no entanto pouco convidativa para os entusiastas, devido aos vidros encurvados que propícios a reflexos de luz, e à película de redução de calor.

Seguiu-se Kuala Lumpur, novamente em 77W, desta vez o A6-EBX cuja cabine encaixava mais 40 passageiros, e menos confortável para o passageiro ocidental. À chegada valeu o registo dos A380 da Malaysian, que afinal já não serão removidos da operação regular.

 

 

Figura 3: Boeing 737 da Shanghai Airlines e A380 da Malaysia Airlines em KUL
Figura 3: Boeing 737 da v e A380 da Malaysia Airlines em KUL

 

A Malindo  – contracção de Malaysia e Indonesia – fundada Lion pela para competir com a Air Asia do “nosso” Tony Fernandes, tem caudas lindíssimas com os motivos coloridos, a lembrar as incompreendidas caudas da British Airways dos anos 90.

Figura 4: Cauda Boeing 737 da Malindo em Penang
Figura 4: Cauda Boeing 737 da Malindo em Penang

 

Apanhei o B738 9M-MSB para Penang, voo de uma hora. A MH ainda tem uma imagem de companhia de bandeira asiática, forte orgulho nacional, e requinte. Os bancos são de cabedal e de grande conforto, e ecrã individual na económica, luxo autêntico.

Figura 5: PTV em classe económica no B.737-800 9M-MSB da Malaysia Airlines
Figura 5: PTV em classe económica no B.737-800 9M-MSB da Malaysia Airlines

Inacreditavelmente consegui ficar no lugar onde a janela está tapada (8A), já me tinha acontecido exatamente o mesmo num 738 da Garuda. Penang é mais um daqueles sítios onde o Português foi o primeiro estrangeiro a bater à porta. É forte destino de praia, estando os resorts na zona de Batu Feringghy, assim nomeada por causa dos portugueses que lá acostavam para adquirir víveres a caminho de Malaca (Feringghy quer dizer estrangeiro). O regresso a Kuala Lumpur foi também em 738, e aí golpe de sorte: 9M-MXC com pintura OneWorld, a minha estreia em aviões com pinturas especiais de aliança sem ser da Star Alliance.

Figura 6: 9M-MXC da Malaysia Airlines com pintura OneWorld em KUL
Figura 6: 9M-MXC da Malaysia Airlines com pintura OneWorld em KUL

 

Aterrámos de noite em KUL, felizmente é um aeroporto com boa visibilidade para o entusiasta. Gare toda em vidro, direitos, lisos e sem películas. O terminal é daqueles que pede mesmo para ser explorado ao milímetro. Tem a forma de um “X”, com uma zona central comercial, e quatro longos corredores de portas de embarque, com passadeira rolante central, excelente para mover entre portas com aviões estacionados.  Àquela hora estão os voos intercontinentais todos para sair.

Figura 7: BA B.789 G-YBKG em KUL
Figura 7: BA B.789 G-YBKG em KUL

 

Chega a hora do embarque no A380 A6-EUZ. Por mais incrível que pareça, embarca-se um A380 em 45 minutos, duas mangas encostadas ao piso de baixo, e uma ao piso superior. Tirar uma fotografia ilustrativa do A380 quando se embarca é quase impossível dada a dimensão. Mas lá dentro é notória a diferença para qualquer outro widebody. Largura da cabine ainda a crescer na zona do teto, espaço entre a cadeira e parede, janela enorme. Descolagem robusta, sem qualquer vibração, as asas quase não fletem, nem as bagageiras abanam. IFE melhor que o do B.777, ecrã maior e maior rapidez do sistema. PNC de 18 nacionalidades, 22 línguas faladas a bordo, comida é toda Halal, dizem. Cabe um A320 em cima da asa de A380, no que toca a envergadura. O primeiro voo dos irmãos Wright caberia quase todo na asa.

Figura 8: Bebida em A380 da Emirates
Figura 8: Bebida em A380 da Emirates

Figura 9: Asa Emirates A380 A6-EUZ no Dubai
Figura 9: Asa Emirates A380 A6-EUZ no Dubai

De DXB partida já diurna, no 77W A6-ENO. Taxiámos durante uns 10 minutos ao longo do T3, onde dezenas de B.777 e A380 da EK enfeitavam as mangas. Descolando da pista 12R vimos do outro lado uma multidão de 737 da FlyDubai, que opera do T2, e mais aviões da Emirates em stands remotos.

Galeria

 

Oito horas depois, aterragem na pista 21 em Lisboa, e desembarque em manga na zona não Schengen. Passa-se por um piso superior ao do embarque, com janelas amplas que nos permitem vistas fantásticas.

Figura 16: Boeing 77W da Emirates A6-ENO em Lisboa
Figura 16: Boeing 77W da Emirates A6-ENO em Lisboa

 

 


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