As buscas para encontrar o Airbus A320 da AirAsia Indonesia que desapareceu dos radares de controlo aéreo na manhã de domingo, dia 28 de Dezembro, quando viajava de Surubaya, na ilha de Java (Indonésia) para Singapura (voo QZ 8501), foram retomadas na manhã desta segunda-feira, dia 29 de Dezembro, com um forte dispositivo naval e aéreo que conta com navios e aviões de, pelo menos, quatro países da área geográfica onde, se presume, tenha caído o avião de matrícula indonésia (Vide nossa notícia anterior).
O tempo melhorou, em termos meteorológicos, e as equipas da Austrália, Índia, Indonésia, Malásia e Singapura estão concentradas no Mar de Java, numa zona entre as ilhas de Borneo e de Java, de onde saíra o avião 41 minutos antes de perder o contacto com a torre de controlo.
Estados Unidos da América e Reino Unido manifestaram a sua disponibilidade à Indonésia, país que coordena os trabalhos, caso necessite reforçar os meios navais ou aéreos empenhados nas buscas.
No domingo diversas estações de televisão no mundo mostraram imagens de satélite que mostravam a existência de severas tempestades na zona onde o comandante do A320 da Air Asia foi ouvido pela última vez, em que solicitou uma mudança de altitude face ao temporal.
O comandante da aeronave, de nacionalidade indonésia, identificado por Iriyanto, e o piloto, de nacionalidade francesa, identificado como Remi Emmanuel Plesel, eram profissionais com muitas horas de voo e conhecedores daquela rota, já com larga experiência na companhia. Informou a Air Asia.
Cerca de 100 familiares dos passageiros juntaram-se no Aeroporto Internacional de Juanda, em Java, para saber notícias do avião e dos passageiros. A companhia colocou-os num hotel, com alojamento e refeições, onde aguardam o evoluir da situação. A eles juntou-se no domingo o presidente do Grupo Air Asia, Tony Fernandes, um empresário malaio de raízes portuguesas, que numa conferência de imprensa disse estar a viver um dos piores momentos da sua vida.
A Air Asia é hoje um dos maiores grupos de transporte aéreo de baixo custo do mundo. Foi fundado em 2001, em Kuala Lumpur, na Malásia, por Tony Fernandes. Começou com dois aviões e hoje tem oito companhias afiliadas, em diferentes países asiáticos, operando um total de 150 aviões Airbus A320-200. Tem mais 200 aparelhos do mesmo tipo encomendados. O grupo voa para 100 destinos em 15 países. No ano passado transportou oito milhões de passageiros.