A Avianca Brasil vai iniciar no próximo ano ligações intercontinentais, com dois voos para Orlando e Miami, nos Estados Unidos da América, revelou German Efromovich em entrevista à edição de Dezembro da revista ‘Air Transport World’.
Logo a seguir, provavelmente ainda em 2015, a Avianca Brasil iniciará os seus voos para aeroportos europeus. O presidente do grupo ‘Synergy Aerospace’, dono da Avianca Brasil, diz na entrevista concedida à revista norte-americana de aviação que os voos intercontinentais chegaram a estar nos planos da companhia brasileira para terem início neste ano de 2014. Contudo, foram adiados, tendo em vista duas razões que, em sua opinião, foram fundamentais para a desmobilização: as eleições presidenciais no Brasil e a desvalorização do real.
A Avianca Brasil vai receber no início do próximo ano quatro aviões Airbus A330-200, que fazem parte de uma encomenda da Avianca TACA International Airlines, companhia do grupo que opera nos países hispânicos da América Latina, e que inclui uma encomenda de seis aeronaves A330-200 e três A330-200 cargueiros. Efromovich acrescentou que do eventual sucesso das ligações da Avianca Brasil para os EUA e para a Europa dependerá uma encomenda de 10 aviões Airbus A350-900 XWB, iguais aos que estão encomendados pela TAM e pela Azul, e que são aviões com excelentes perspectivas, em termos operacionais e de custos para as linhas de longo curso.
Em termos mais globais, German Efromovich anunciou que a Avianca Colômbia receberá dentro de semanas o seu primeiro Boeing 787-8 Dreamliner, o que deixa a companhia à vontade para pensar na extensão das suas rotas para a Ásia, sendo que as primeiras ligações para o Japão e para a China já estão a ser desenhadas com escala em Los Angeles, na costa oeste dos Estados Unidos.
Grupo encomendará este ano mais 160 aviões para o médio curso
De resto, há outro anúncio importante na entrevista do patrão da ‘Synergy Aerospace’ à ‘Air Transport World’: a Avianca tem um plano ambicioso de desenvolvimento e expansão que prevê o anúncio da compra de mais 160 aviões de corredor único até final deste ano. Naturalmente há dois concorrentes na corrida: Boeing e Airbus. Pelo que se conhece da Avianca e das suas últimas movimentações, o negócio deve ser ganho pela construtora aérea europeia. Especialistas que acompanham o sector da aviação comercial, já conjeturaram, em alguns blogues da especialidade, que só se a Airbus não puder garantir a entrega dos aviões nos prazos que a Avianca pretende é que o negócio poderá fugir para a Boeing. Aguardemos…
Não acredito que essas intenções de voos internacionais iram se concretizar, ao menos não em 2015. A empresas não tem funcionários habilitados para tripularem o novo avião, previsto para chegar desde o ano passado. E li que nem a padronização de uniformes iniciada em abril de 2014 foi concluída. A empresa tem aparentemente grandes problemas de organização.