GPIAA publica informação sobre incidente com ATR72-600 da TAP Express

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O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), entidade que em Portugal é responsável pelos inquéritos a tais ocorrências, divulgou nesta terça-feira, dia 25 de outubro, uma nota informativa sobre o incidente que se verificou na passada sexta-feira, dia 22 de outubro, no Aeroporto Internacional Humberto Delgado em Lisboa, com um avião ao serviço da TAP Express.

Porque os fatos relatados não correspondem, na totalidade, aos da notícia que publicámos sobre a matéria (LINK notícia relacionada), o que, igualmente, aconteceu com os media portugueses, publicamos em seguida o texto que consta do documento agora divulgado pelo GPIAA no seu site e que é de consulta pública.

Note-se que foi o próprio diretor do GPIAA, Álvaro Neves, que em declarações à agência Lusa, tinha afirmado que o avião ao serviço da TAP Express, marca do Grupo TAP SGPS para voos regionais e de menor distância, tinha quebrado o trem dianteiro e o do lado esquerdo, o que, segundo se constata neste documento, não se verificou.

Publicamos em seguida a nota informativa na sua totalidade, assim como uma das duas fotografias que constam do documento, por ser elucidativa quanto à extensão dos estragos sofridos pela aeronave:

 

“No dia 22 de outubro, pelas 21h35m, ocorreu um incidente com a aeronave ATR AT72-600 com a matrícula CS-DJF pertencente à empresa White Airways operada pela TAP Portugal, que realizava um voo regular de transporte comercial de passageiros, em ambiente noturno, entre o aeroporto do Porto (LPPR) e o aeroporto de Lisboa (LPPT).

A tripulação realizava a sua sexta etapa, num dia com condições meteorológicas adversas.

Durante a aproximação ILS da pista 21 em LPPT, os pilotos encontraram condições de chuva forte e rajadas de vento acrescidas de correntes ascendentes e descendentes.

De acordo com o relato dos tripulantes, abaixo dos 50 pés a aeronave foi sacudida e a aproximação final ocorreu em condições severas de chuva, tendo o avião tocado três vezes no solo (bounced landing).

A aeronave efetuou uma aterragem dura, saltou, e tocou duro novamente incidindo com carga excessiva no trem de nariz causando que ambas as rodas se separassem do eixo, enquanto o suporte (perna) do trem de nariz permaneceu intacto. A aeronave ainda com demasiada energia cinética saltou uma segunda vez, tocando pela terceira vez na pista e ficou a rolar sobre o trem principal e sobre a estrutura do trem do nariz.

Após o terceiro toque, a aeronave estabilizou na pista e completou a aterragem, abrindo um rego na superfície da pista com o raspar do eixo do trem dianteiro, que sustentou o peso da secção frontal do avião, impedindo o toque da parte frontal da fuselagem no chão, parando após o cruzamento com a pista 17/35. A aeronave teve danos substanciais no trem de aterragem dianteiro.

Os tripulantes e passageiros foram desembarcados normalmente sem nenhum relato de ferimentos.

O incidente fechou a pista 21/03 até às 04:14 UTC, quando foi libertada para operações. O GPIAA compareceu ao local e após terem sido efetuados todos os procedimentos relativos à investigação inicial libertou a aeronave, que foi rebocada para o hangar.

O GPIAA abriu um processo de investigação sobre as causas do incidente grave em cumprimento da legislação nacional (Investigação de Acidentes) Dec. Lei 318/99, Regulamento (UE) 996/2010 e Anexo 13 da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).

O investigador do GPIAA deslocou-se no dia para recolher dados técnicos e ouvir os elementos constantes da tripulação.”

 

  • Foto © GPIAA/Portugal

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