O presidente da Agência de Aviação Civil de Cabo Verde (AAC) considera que o principal desafio da instituição é manter o País no nível requerido de segurança internacional, que se torna cada vez mais intenso em função da complexidade de aviação civil internacional.
João Monteiro, que falava à ‘Inforpress’ no quadro das actividades comemorativas do X aniversário da agência noticiosa nacional, adiantou que Cabo Verde é um país fortemente reconhecido pela sua tradição e cultura aeronáuticas, mas também pelo facto de não ter tido registo de situações complexas e que ponham em risco a segurança das operações no seu território.
“Hoje em dia, cada vez mais vão se introduzindo no sistema novos paradigmas, novos sistemas de trabalho, novos equipamentos e nós temos que estar aptos para responder a eles” disse o presidente do Conselho de Administração da AAC, frisando que esta entidade tem levado a cabo um trabalho intenso à volta do desenvolvimento do sistema de aviação civil em Cabo Verde.
A AAC é uma entidade reguladora e é responsável pela implementação das normas e práticas recomendadas e das normas da Organização da Aviação Civil Internacional junto dos aeroportos, de outros serviços de navegação aérea e das campainhas aéreas.
“O trabalho da AAC tem sido um trabalho árduo, mais compensador uma vez que Cabo Verde é um país fortemente reconhecido. Árduo, sobretudo, porque o volume de trabalho é enorme e, como sabemos, Cabo Verde é um país em que os recursos não abundam e a AAC também convive com isso”, sublinhou aquele responsável.
João Monteiro salienta que, para manter a regulação em dia, a AAC tem de estar permanentemente a actualizar o sistema regulamentar nacional e adequá-lo ao sistema internacional.
Já em 2015, aguarda a próxima auditoria da segurança que testará a capacidade de Cabo Verde em supervisionar a actividade aeronáutica no país.
Segundo adiantou o presidente do Conselho de Administração, neste momento, a AAC está a trabalhar nos planos aeroportuários, estando já em consulta pública o regulamento de ‘handling’ na área de regulação económica, o regulamento da assistência aos passageiros com mobilidade reduzida e a transparência das tarifas, entre outros.
Ao nível da segurança, adiantou que está previsto para breve a regulamentação da formação e da segurança da aviação, o controlo da segurança e o próprio programa nacional de segurança.
A AAC completa no mês de Julho dez anos sobre a data da transformação da entidade aeronáutica nacional em agência reguladora e várias actividades vêm sendo realizadas com o intuito de dar a conhecer o seu trabalho e estar mais próxima dos cidadãos.
- Texto integralmente publicado pela INFORPRESS, agência noticiosa da República de Cabo Verde Cabo Verde