A Força Aérea Brasileira, através do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, distribuiu ontem um esclarecimento acerca do incidente ocorrido com um avião da Azul – Linhas Aéreas que decidiu abortar o procedimento de descolagem no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, no Estado de Sergipe, na passada quarta-feira, dia 14 de Maio.
Refere a nota da Aeronáutica, entidade militar que é responsável por todo o sistema de encaminhamento, separação e controlo de tráfego aéreo no Brasil:
1- O aeródromo de Santa Maria, em Aracaju (SE), é atendido pelo serviço de Informação e Alerta (AFIS), no qual a separação entre os tráfegos é de responsabilidade dos comandantes das aeronaves.
2- Os tráfegos conhecidos naquele momento eram a aeronave da Azul, que descolaria da pista 11, com curva prevista para a esquerda após a descolagem, e um helicóptero que se aproximava do aeródromo pela radial 123º (direita do aeródromo).
3- O trajeto previsto e efetuado pelo helicóptero em aproximação, que operava em condições visuais, é um procedimento normal e não cruzaria a rota de descolagem que seria utilizada pela aeronave da Azul.
4- Portanto, em função de trajetos totalmente distintos, não havia risco de colisão entre as duas aeronaves.
5- A decisão de abortar a descolagem é de responsabilidade do comandante da aeronave.
Logo após o incidente o piloto da Azul fez um discurso aos passageiros do voo (vide nossa notícia anterior), no qual afirmou que se não tivesse travado prontamente o Embraer que comandava, teria colidido 20 segundos após a descolagem. Um dos passageiros do voo da Azul, o alagoano Luciano Cabral, filmou o momento em que o piloto descreve por que tomou a decisão de abortar a partida, e postou em seu Facebook.
Em nota, a Azul afirmou que teve a descolagem abortada “após receber indicação de potencial conflito de tráfego” por causa “da presença de outra aeronave em sua trajectória”.
