Aeroporto de São Tomé concessionado a empresa turca por 49 anos – Modernização custará mais de 300 milhões de euros

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O governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe concedeu o Aeroporto Internacional Nuno Xavier, na ilha de São Tomé, a uma empresa turca. O contrato de concessão diz que a empresa ‘FB Group’ vai investir mais de 300 milhões de euros na remodelação de toda a infraestrutura aeroportuária, e em consequência deve explorar o rendimento do negócio, por um período de 49 anos.

José Carvalho de Rio, ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais anunciou que o acordo de concessão do aeroporto internacional de São Tomé à empresa turca ‘FB Group’, foi assinado no último sábado, dia 8 de junho, na sala de reuniões do seu ministério.

Nenhum órgão de comunicação social, foi convidado para registar a cerimónia.

«O contrato foi assinado e é remetido ao Tribunal de Contas para os devidos efeitos, e a partir daí expedientes serão encetados no sentido de se fazer a logística para o início das obras. Tudo indica que as obras poderão ter início dentro de dois a três meses», garantiu o ministro.

Após a validação pelo Tribunal de Contas, a empresa turca ‘FB Group’ inicia as obras de modernização do aeroporto. Segundo o ministro os terminais de carga e de passageiros vão ser modernizados, assim como todas as outras unidades.

O projeto vai evoluir em três fases e com um investimento de mais de 300 milhões de euros.  José Carvalho de Rio, acrescentou que a primeira fase vai custar 86 milhões de euros, e nesta altura o acordo prevê que o aeroporto internacional tenha capacidade para acolher 500 mil passageiros por ano. A segunda atinge os 120 milhões de euros, e já com a receção de um milhão de passageiros por ano. Na terceira fase o investimento turco deverá atingir os 144 milhões de euros.

O contrato de concessão dá à empresa da Turquia o direito de recuperar o investimento a ser feito, por um período de 49 anos. «Vai depender da entrada dos passageiros, mas prevê-se para 49 anos…exato, exato», pontuou o ministro das Infra-estruturas e Recursos Naturais.

Por outro lado, o governante santomense disse que não sabe se o grupo privado da Turquia a que foi entregue o aeroporto internacional, é o mesmo que já está a administrar a central térmica de São Tomé.

«A empresa que administra a central térmica é a empresa ‘TESLA’. E esta é a ‘FB Group’. Eu não sei se tem alguma ligação», frisou.

Capital turco domina o sector da energia e o Aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe.

  • Este texto é da autoria do jornalista santomense Abel Veiga e foi publicado no jornal digital ‘Téla Nón’ na terça-feira, dia 11 de junho de 2024.

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