Aeroportos de Lisboa e do Porto “estão em áreas de elevado risco”, diz estudo da EASA

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Um estudo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) concluiu que os aeroportos Humberto Delgado, em Lisboa, e Francisco Sá Carneiro, no Porto, estão localizados em áreas com elevado risco de transmissão do novo coronavírus, refere um artigo publicado nesta sexta-feira, dia 5 de junho, na edição online do jornal económico ‘Dinheiro Vivo’.

A jornalista Sónia Santos Pereira, que elaborou a matéria em apreço, que a seguir reproduzimos, sublinha que o “estudo de agência europeia identifica problemas de potencial contágio nas zonas de implementação de aeroportos.

 

“O organismo elaborou uma lista das várias infraestruturas aeroportuárias que estão instaladas em regiões com alto potencial de contágio, baseando-se em dados da Organização Mundial de Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e de outros institutos de saúde pública. O objetivo é que as companhias aéreas com voos para esses destinos e as gestoras das infraestruturas tenham em atenção as medidas de higiene e segurança dos passageiros e das tripulações.

A nível europeu, a lista da EASA integra mais de quatro dezenas de aeroportos. Na Bélgica, onde se registou uma das mais altas taxas de mortalidade na Europa, a agência aponta para riscos em todas as infraestruturas aeroportuárias do país. Na vizinha Espanha, um dos países mais assolados pela pandemia, as regiões de Castela e Leão, Castela-Mancha, Catalunha e Madrid são as que levantam mais preocupações à agência.

Itália, onde aparentemente se iniciou o surto pandémico na Europa, tem os aeroportos das regiões da Lombardia, Piemonte, Veneto e Emília-Romanha identificados na lista da EASA. Por sua vez, o Reino Unido contabiliza 13 aeroportos, com destaque para os instalados em Londres, Manchester, Liverpool e Glasgow. Já em França, só a região da Île-de-France, onde se localiza Paris, é considerada problemática.

A lista da agência chama ainda atenção para os Estados Unidos, onde considera que há riscos de contágio em 22 dos 50 estados que integram o país. No Brasil, as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Baía, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco e Santa Catarina apresentam-se a vermelho.

O estudo da EASA aponta 17 países com elevado risco de contágio: Afeganistão, Bangladesh, Bielorrússia, Chile, República Dominicana, Equador, Egito, Indonésia, Irão, Kuwait, Paquistão, Peru, Qatar, Arábia Saudita, Singapura, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

No documento, o organismo faz notar que os vários países do mundo não trabalham os dados da pandemia da mesma forma, a taxa de testagem é bastante díspar e os critérios também não são iguais. As dificuldades em reunir informações sobre testes levou a agência a integrar outros parâmetros para analisar os riscos, como os números de casos ativos e recuperados, tendência diária de novos casos, mortes por habitantes e a sua evolução, o número e dimensão dos aeroportos que respondem a uma região e a população.”

 

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