A empresa Aeroportos de Moçambique (ADM) acumulou este ano prejuízos de cerca de 22 milhões de dólares (19 milhões de euros) devido ao impacto da pandemia da covid-19.
“A Empresa Aeroportos de Moçambique viu todas as suas fontes de receita profundamente afetadas, desde as taxas de sobrevoo, aterragem e outras receitas não aeronáuticas, resultantes da atividade económica que se desenvolvia nos aeroportos”, disse o ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, na semana passada.
O governante falava na cidade de Maputo, capital do país, durante uma reunião de balanço de atividades da empresa, na qual, entre outras matérias, foi analisado o relatório de contas de 2019, os planos de atividades e o orçamento.
Entretanto, também na semana passada, uma fonte oficial revelou que as obras de construção do Aeroporto Internacional de Xai-Xai, no sul de Moçambique, estão com um atraso de cinco meses, devido à impossibilidade de viagem para o país de especialistas chineses que estão a trabalhar nas obras.
O diretor dos Serviços de Infraestruturas da Província de Gaza, cuja capital é Xai-Xai, Alberto Matusse, afirmou, em declarações à emissora pública ‘Rádio Moçambique’, que o encerramento de fronteiras aéreas devido à covid-19 está a impedir a chegada de engenheiros e técnicos chineses que trabalham no Xai-Xai.
“Há diligências para a criação de condições urgentes para a vinda dos especialistas chineses, porque a sua viagem foi condicionada pela covid-19”, declarou Alberto Matusse.
- A imagem de abertura foi obtida no Aeroporto de Nampula, no norte de Moçambique. Foto © Catanho Fernandes