Aigle Azur não nega dificuldades, mas afasta cenário de futuro incerto

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A companhia francesa Aigle Azur reagiu nesta quinta-feira, dia 8 de agosto, a uma matéria publicada no jornal francês ‘Le Figaro’, na qual era reportada a má situação económico-financeira que vive a empresa aérea. Nessa publicação são ainda feitos alguns comentários acerca da eventual incerteza quanto à continuidade da companhia aérea, que não desmente a crise, mas aponta ter em tesouraria (caixa) cerca de 25 milhões de euros, e diz estar a trabalhar para garantir o futuro e perenidade da empresa.

A Aigle Azur explica em comunicado que tem presentemente uma frota constituída por 11 aeronaves (nove A320 e dois A330-200 para voos de longo curso). A companhia diz que no início de junho deste ano, “apenas uma empresa de aluguer de aeronaves se apropriou de uma aeronave A320 que estava ao serviço da companhia, no final de uma manutenção, usando meios fraudulentos”. A Aigle Azur fretou uma aeronave similar neste Verão para garantir os voos e pretende reaver, já no próximo Inverno IATA (outubro de 2019), uma de suas duas aeronaves que estão alugadas à TAP Air Portugal (LINK notícia relacionada).

“Desde então, ao contrário do que o ‘Le Figaro’ indica, nenhum dono de aeronaves ao serviço da companhia pressionou a Aigle Azur para devolver aparelhos”, refere o comunicado contrariando desta forma a notícia publicada pelo jornal francês, depois repercutida em diversas publicações e redes sociais, incluindo no site do ‘Newsavia’, que seguiu como certas a matéria publicada pelo conhecido jornal francês ‘Le Figaro’.

A Aigle Azur diz que está empenhada em garantir todo o seu programa de voos para o corrente mês de agosto de 2019, que para além de ser um mês recorde em termos de volume de negócios, superará todo o volume de negócios mensal realizado anteriormente.

“Como muitos intervenientes no sector, especialmente na Europa”, a Aigle Azur “não nega algumas dificuldades num contexto particularmente difícil”, em que são conhecidos diversos constrangimentos e eventos menos favoráveis à atividade da aviação comercial.

A empresa observa que está trabalhando em diferentes projetos para garantir sua sustentabilidade a médio e longo prazos, juntamente com a sua Comissão de Trabalhadores, todos mobilizados para garantir o transporte, conforto e segurança de seus milhares de passageiros.

 

Empresas parceiras não deram o suporte necessário ao crescimento da Aigle Azur

“Imprevisíveis desenvolvimentos recentes no suporte fornecido à Aigle Azur por seus acionistas, nomeadamente a garantia dada pelos parceiros Hainan Airlines [companhia do Grupo HNA, sócio maioritário] e Azul Linhas Aéreas [companhia de David Neeleman, o outro sócio de referência] minaram a estratégia desenhada desde há dois anos, alicerçada um pouco nos voos de longa distância”, revela ainda o comunicado da Aigle Azur, que denuncia algum desentendimento entre os responsáveis pela gestão e a atuação ou posicionamento dos seus acionistas.

O documento distribuído na manhã desta quinta-feira, dia 8 de agosto, recorda que “a empresa sofreu no passado muitos conflitos sociais que se mantiveram até 2017, quando a nova liderança, com o apoio da maioria dos sindicatos acabou por promover a paz social através de diálogo”.

Além disso, refere ainda a nota: “os pilotos da Aigle Azur são efetivamente mais bem pagos e tratados do que em outras empresas, como na Ryanair, por exemplo, e, em França, não são os mais bem pagos depois dos da Air France. Essa “classificação” publicada pelo ‘Le Figaro’ é, portanto, falsa”.

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