Avianca abandona rotas da Colombia e do Peru para Venezuela por questões de segurança

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A Avianca anunciou nesta quarta-feira, dia 26 de julho, em Bogotá, capital da Colômbia, que vai deixar de voar para a Venezuela a partir do próximo dia 16 de agosto, face a diversas anomalias sentidas ao nível da operação aeroportuária no país que impedem a companhia latino-americana de garantir uma maior consistência nas suas operações e uma adequada segurança aos seus passageiros.

Num comunicado distribuído pela companhia aérea, o presidente executivo da Avianca, Hernán Rincón, anuncia a suspensão dos voos Bogotá-Caracas-Bogotá e Lima (Peru)-Caracas-Peru, a partir do dia 16 de agosto, e mostra-se disponível para retomar as operações logo que os responsáveis políticos venezuelanos mostrem os resultados dos trabalhos técnicos que são necessários para que os aeroportos da Venezuela, nomeadamente o de Caracas, solucionem os impedimentos operacionais e de segurança que levaram a esta decisão.

A Avianca, uma das companhias aéreas mais antigas do mundo, voa para a Venezuela, sem interrupção, desde há 60 anos. Hernán Rincón lamenta que a companhia tenha sido obrigada a tomar esta decisão, mas a sua obrigação “é garantir a segurança da operação”. “Como companhia aérea manifestamos toda a disposição e vontade para retomar os voos, desde que existam as condições requeridas para os fazer”, acrescenta o presidente executivo da Avianca.

A partir de hoje estão suspensas as vendas de bilhetes para os voos depois da data de 16 de agosto. Os passageiros que já reservaram e pagaram os seus bilhetes para viajarem depois dessa data, podem solicitar o reembolso total dos valores pagos através do site da empresa (www.avianca.com) e dos call centers da companhia.

A Avianca assegura que honrará todos os compromissos e obrigações com os seus clientes, pessoal e fornecedores na Venezuela.

Com a Avianca, são já nove companhias internacionais que deixaram de voar para a Venezuela nos últimos dois anos. Nenhuma das anteriores reclamou acerca das condições nos aeroportos. Todas elas saíram por não poderem exportar para os seus países as receitas de passagens aéreas vendidas na Venezuela, dada a proibição de exportação de divisas. Presentemente nenhuma companhia brasileira voa para o país e a TAP é uma das resistentes, com dois voos por semana. Contudo, não vende viagens na Venezuela e todos os passageiros pagam as viagens em moeda forte e fora do país. Segundo os números divulgados no Relatório e Contas da empresa de 2016, estarão retidos na Venezuela quase 100 milhões de euros, que já figuraram nas contas de 2016 com uma perda.

A situação de caos político, social e financeiro que se vive na Venezuela, tem contribuído para a degradação das infraestruturas, com naturais reflexos nos aeroportos, não do ponto de vista físico, mas também na parte de segurança, afetada indiretamente pelo clima de violência e confronto que se vivem nas ruas das principais cidades venezuelanas.

 
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