A Avianca Colombia solicitou à autoridade nacional de aviação civil (Aerocivil) licença de trabalho para 70 pilotos estrangeiros, mas apenas foram autorizados 20. São pilotos que serão contratados para apoiar a operação doméstica da companhia, depois desta ter recebido autorização para contratar, por três meses, outros 10 pilotos de fora do país para a sua frota de Boeing 787, que é utilizada nos voos de longo curso.
A companhia aérea colombiana está novamente a recorrer a pilotos estrangeiros depois das grandes lutas laborais que nos últimos meses afetaram centenas de voos da empresa, com importantes prejuízos financeiros para a Avianca e para os pilotos, que foram depois despedidos, em processos que ainda estão pendentes nos tribunais de trabalho da Colômbia.
A Avianca está a oferecer aos pilotos estrangeiros funções de piloto instrutor, o que significa que irão auferir um salário mensal de 17.500 dólares, o dobro que é pago a pilotos colombianos com iguais qualificações. Ao requerer a licença de trabalho para os 20 profissionais, agora autorizada, a Avianca assegurou que só necessita deles durante seis meses, já que ajudarão no lançamento de novos comandantes e na certificação de jovens pilotos. A companhia tem um grupo grande de jovens a terminar os cursos de piloto em escolas de aviação da Colômbia. Numa recente entrevista, Germán Efromovich disse que a companhia, no final de julho passado, necessitava de 167 pilotos, mas anunciou que dos cursos que agora estão a terminar chegarão 188 aviadores.
O maior acionista da Avianca justificou que os pilotos instrutores colombianos estão empenhados na formação dos jovens pilotos da companhia, pelo que a empresa viu-se obrigada a recorrer a estrangeiros para poder assegurar a continuidade, sem sobressaltos, do programa de voos da companhia e, nomeadamente, da certificação dos pilotos que estão ao serviço.