Um avião Boeing 727-200 cargueiro saiu de pista nesta sexta-feira, dia 28 de abril, pela manhã, após uma aterragem no Aeroporto Internacional de Juba, no Sudão do Sul.
A bordo não viajava carga, mas sim cerca de 300 refugiados que fugiam da guerra no vizinho Sudão, onde forças militares rivais, disputam o controlo do País, desde há duas semanas.
Felizmente não se registaram feridos entre as cerca de três centenas de passageiros e tripulantes da aeronave que fazia um voo de Paloich (Sudão) para Juba, capital da República do Sudão do Sul.
O avião, com a matrícula EY-627 do Tajiquistão, fez o seu voo inaugural em 1976, tendo cerca de 47 anos de serviço. Foi entregue novo à companhia norte-americana Braniff Airways em julho desse ano, como avião de passageiros. No ano de 2000 foi convertido em cargueiro, em 2016 vendido à Astral Aviation e em 2022 mudou para a matrícula do Tajiquistão, uma ex-república soviética, hoje país independente. Desconhece-se se ainda integra a frota da Astral Aviation.
Numa situação de extrema violência por todo Sudão, mas sobretudo nas cidades e junto dos aeroportos e instalações militares, e num momento em que existem sudaneses desesperados para abandonar o País, o transporte num avião cargueiro, sem assentos, foi a solução encontrada.
O acidente deu-se por razões que não são conhecidas, mas que em princípio, não estão a ser atribuídas ao peso do avião, já que a carga das 300 pessoas que seguiam a bordo, se não havia outra mercadoria, não será suficiente para colocar em risco a manobra de aterragem. No momento da aterragem chovia bastante e a pista de asfalto estava encharcada, disse o diretor do aeroporto de Juba numa entrevista a uma estação de rádio do Sudão do Sul. O Boeing 727-200 ficou atolado numa zona de terra lamacenta. O aeroporto encerrou até que o avião seja deslocado para fora da zona da pista.
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