Guiné-Bissau não desiste da pretensão de criar a sua própria companhia aérea

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João Bernardo Vieira, secretário de Estado dos Transportes e Comunicações do Governo da República da Guiné-Bissau, reafirmou na segunda-feira, dia 9 de Fevereiro, que a criação de uma companhia aérea nacional de transportes será para breve.

“Garanto-vos uma coisa. A Guiné-Bissau vai ter a sua companhia aérea dentro em breve. Se isso não acontecer eu, enquanto responsável do sector dos transportes, vou pôr o meu cargo à disposição”, disse Bernardo Vieira.

O secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, presidia à cerimónia de inauguração da nova agência de viagens denominada ‘Fajac Travel and Tours’, propriedade do ex-ministro da Administração Interna, Botche Candé, que abriu na capital da Guiné-Bissau.

João Bernardo Vieira disse que o executivo está determinado a incentivar iniciativas desta natureza, na qualidade de parceiro fundamental.

Segunda a agência noticiosa angolana Angop, a ambição ganhou nova forma nos discursos oficiais, depois de o país ter perdido a única ligação directa à Europa, garantida pela TAP Portugal, suspensa desde Dezembro de 2013.

Recorda-se que a tripulação da companhia de bandeira portuguesa foi forçada pelas autoridades guineenses a levar cerca de 70 passageiros ilegais para Lisboa, o que provocou o fim dos voos – numa altura em que o país era dirigido por um Governo saído de um golpe de Estado militar, em 2012.

Sem sinal de retoma dos voos da TAP, o novo governo guineense, eleito no último ano, contratou com a empresa portuguesa Euro Atlantic Airways a realização de um voo semanal entre Lisboa e Bissau, todas as sextas-feiras, desde 14 de Novembro.

Mas, mesmo depois de iniciados estes voos, João Bernardo Vieira apontou a criação de uma companhia guineense como uma meta para 2015.

“Pessoalmente acredito que tal será uma realidade e quero que todos os que fazem parte da secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações também tenham essa convicção, como um desafio a vencer”, referiu Bernardo Vieira, em Dezembro, na abertura de um seminário sobre a reforma do código de aviação civil.

Na altura, o governante afirmou ainda que, antes da criação de uma companhia de aviação de bandeira, a Guiné-Bissau deve rever a regulamentação no sector da aviação civil e comercial, actualizando-a à luz das novas exigências e internacionais e pretensões da própria República da Guiné-Bissau. O existente foi aprovado em 1985, data em que entrou em vigor.

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