Boeing 737-700 da TAAG fará primeiro voo para a TACV na rota Praia-Lisboa

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O Boeing 737-700 da TAAG – Linhas Aéreas de Angola que foi disponibilizado para estar, a partir de agora, ao serviço da TACV Cabo Verde Airlines, deverá iniciar as operações na próxima semana, conforme as previsões da presidente do Conselho de Administração da TACV, Sara Pires.

“Tem a parte da validação do avião por parte da Aeronáutica Civil. Assim que o aparelho for validado estará a operar. Nós estamos em crer que já na próxima semana o aparelho estará disponível para operar”, disse Sara Pires, em declarações à imprensa, na sequência de uma visita realizada na tarde desta segunda-feira, dia 14 de março, à aeronave que se encontra estacionada na placa do aeroporto Internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia, onde aterrou pelas 04h00 da madrugada.

O Boeing 737-700 da TAAG tem capacidade para transportar 12 passageiros em Classe Executiva e 108 em Classe Económica. Um total de 120 assentos, que, referiu Sara Pires, está adequado  às viagens de média duração, e que serve “muito bem” para o destino que a companhia está a operar neste momento, que é Lisboa.

“Só para dar um exemplo: o avião atual [um Boeing 757-200 fretado desde o final do ano passado à companhia espanhola Privilege Style] tem 188 lugares e temos feito as viagens com uma média de 120 a 130 passageiros. Este aparelho tem 120 lugares, quer dizer que para a rota Lisboa vai 100% cheio e isto quer dizer que vamos optimizar a ligação”, sustentou a responsável pela companhia aérea de Cabo Verde.

A TACV, que atualmente faz ligações Praia-Lisboa-Praia, Mindelo-Lisboa-Mindelo e Sal-Lisboa, prevê iniciar novas rotas já no início do segundo semestre, nomeadamente para os Estados Unidos da América (Praia-Boston), o que ditará a necessidade de aumentar o número de aviões disponíveis.

Entretanto, a presidente do Conselho de Administração adiantou que a companhia já está a trabalhar, para já no mês de Julho, ter mais um aparelho de porte superior.

“Este aparelho tem a capacidade para 120 lugares, é um aparelho que nos serve muito bem para o nosso destino aqui perto, que é Lisboa, e se calhar até norte do Brasil também, mas para as rotas mais longas, como EUA, Paris ou norte da Europa, vamos ter a necessidade de ter um avião que tenha um alcance superior”, explicou.

Questionada se a aquisição do novo avião será igualmente um negócio com Angola, Sara Pires adiantou que a companhia cabo-verdiana está a analisar todas as possibilidades, levando em consideração também a abertura apresentada nesta segunda-feira pelo Presidente da República de Angola no sentido da TAAG disponibilizar outros aparelhos. João Lourenço referiu explicitamente que o B737-700 chegado nesta segunda-feira à Cidade da Praia é o primeiro avião da TAAG que é entregue à TACV.

“Nós estamos abertos, vamos procurar sempre os aparelhos que respondam àquilo que é a necessidade da TACV e iremos analisar as ofertas que estão disponíveis”, indicou.

O grupo de pilotos angolanos que ficará ao serviço da TACV nos primeiros dias de operação da aeronave baseada em Cabo Verde – Foto © Angolan Aviators

O Boeing 737-700 foi cedido pela TAAG em regime de wet leasing, devendo ser operado pela tripulação angolana, pelos menos nos próximos dois meses. De seguida passará para o regime de dry leasing, operando com as cores da Cabo Verde Airlines, a tripulação nacional e todo o serviço de manutenção será garantido pelo pessoal cabo-verdiano, assim como o seguro estará a cargo da TACV.

O avião que entrará na próxima semana ao serviço da TACV – Cabo Verde Airlines tem a matrícula angolana D2-TBF, nome de batismo ‘Calandula’ e foi recebido diretamente da fábrica norte-americana em Luanda no dia 31 de agosto de 2006.

Falando nesta segunda-feira, na Cidade da Praia, durante a cerimónia oficial de assinatura de diversos acordos de carácter económico, nomeadamente nos setores da Aviação Civil e dos Transportes Aéreos, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, revelou que há conversações entre os dois países para avançarem para uma joint venture entre as duas companhias aéreas de bandeira, o que poderá estar concluído num futuro muito próximo. Um desenvolvimento natural que, no fim-de-semana, o ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Abreu, admitiu poder juntar ainda outros países de língua oficial portuguesa.

  • Na imagem de abertura vemos o avião que foi deslocado para Cabo Verde com os tripulantes que irão ser responsáveis pela operação da aeronave. Foto © Angolan Aviators
  • Texto com informações da INFORPRESS – Agência Cabo-Verdiana de Notícias
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