Os dois voos de repatriamento que seriam feitos pela companhia portuguesa Euro Atlantic Airways (EAA) entre Portugal e a África do Sul, neste fim-de-semana, foram cancelados pelo facto do fretador não ter conseguido um número mínimo de passageiros que viabilizasse a operação.
“O voo que estava fretado tinha como mínimo exigível de 200 passageiros. Com todas as diligências que decorreram entre as embaixadas, pensávamos que havia grande interesse, algo que não aconteceu”, disse Silvério Silva, fundador da agência de viagens ‘Novo Mundo’, criada em Joanesburgo por portugueses há cerca de meio século.
O JM-Madeira, jornal que se publica na região autónoma de onde é originária uma grande percentagem dos portugueses que vivem na República da África do Sul, anuncia na edição online deste domingo, dia 30 de agosto, que “os passageiros dos voos cancelados que iriam ser operados pela Euro Atlantic, estão a ser encaminhados para voos de outras companhias” e através de outros aeroportos até chegarem aos seus destinos.
Uma vez que se tratava de um voo direto entre Lisboa e África do Sul – e vice-versa – “alguns passageiros estão ainda a aguardar”, disse o agente de viagens ao correspondente do jornal português.
Os dois voos, que tinham sido negociados entre a EAA e a agência ‘Novo Mundo’, seriam realizados no sábado, dia 29, entre Lisboa e Joanesburgo, e em sentido inverso, nesta segunda-feira, dia 31 de agosto (LINK notícia relacionada).
À data do cancelamento existiam 134 passageiros de Lisboa para Joanesburgo e pouco mais de 30 à partida de Joanesburgo para a capital portuguesa. Este seria o primeiro voo direto de repatriamento, realizado nesta fase da pandemia de covid-19, que iria partir de solo sul-africano para Portugal.