Um comandante de linha aérea, de nacionalidade chinesa, que voava aos comandos de um Airbus A319 da companhia chinesa Tibet Airlines, matrícula B-6480, morreu durante um voo na passada segunda-feira, dia 21 de dezembro. O comando da aeronave foi assumido imediatamente pelo segundo piloto, neste caso, também certificado como comandante, que conduziu o avião para uma aterragem segura no aeroporto de destino, na República Popular da China.
Segundo relata o site de incidentes e acidentes aéreos ‘The Aviation Herald’, a ocorrência verificou-se durante um voo (TV9820) entre os aeroportos de Nanjing e Chengdu. O comandante, com 39 anos de idade, que tinha funções de instrutor na companhia, estava a verificar outro colega, também comandante, quando se sentiu mal e desmaiou. O piloto que ocupava a posição no lado direito assumiu então o controlo da aeronave, e aterrou conforme previsto. Não foi revelado o número de passageiros que seguiam a bordo da aeronave.
Logo após a aterragem os serviços médicos de primeira intervenção do aeroporto de Chengdu estiveram a bordo, e confirmaram o óbito do comandante do voo logo que este chegou a um hospital.
Embora inusitada, e com poucas ocorrências, esta é uma situação que acontece. Mais vezes quando se trata apenas de uma indisposição temporária de um comandante durante o voo. O co-piloto ou primeiro oficial piloto está habilitado a voar o avião e apto para executar todas as manobras que sejam necessárias para levar o aparelho de regresso a terra, não estando em perigo a segurança da aeronave ou dos passageiros embarcados. Esta é, também, uma da razões porque os aviões comerciais, acima de determinada capacidade de transporte de passageiros, são obrigados a voar com dois pilotos.
A Tibet Airlines confirmou o falecimento do seu funcionário e lamentou o seu desaparecimento, já que se tratava de um pilotos mais conhecedores e mais conceituados da companhia aérea.
A companhia tem uma frota de aviões Airbus A319, sendo a única que opera com base num aeroporto de grande altitude. O Aeroporto de Lhasa/Gonggar, na capital da Região Autónoma do Tibete, na República Popular da China, está implantado numa cota de 3.570 metros de altitude.
- Na imagem de entrada vemos um Airbus A319 da companhia tibetana, recebido pela companhia em novembro de 2012, que foi o primeiro da Tibet Airlines totalmente montado na fábrica da Airbus em Tianjin (China).