A EASA já começou a definir os planos de acção para que não volte a acontecer um caso como o da Germanwings em que o co-piloto se fechou no cockpit e colocou o avião em rota de colisão com o chão. O A320 da companhia alemã acabaria por se despenhar nos Alpes franceses matando todas as 150 pessoas que seguiam a bordo.
Já em Julho deste ano a EASA emitiu uma série de recomendações desenhadas por um grupo de trabalho que tem vindo entretanto a desenvolver um plano de acção para a implementação das mesmas. O plano centra-se em mudanças de procedimento, incluindo a ocupação permanente do cockpit por dois membros da tripulação, bem como em melhorias na pesquisa do historial médico do pessoal de bordo.
Neste momento a autoridade aeronáutica deu início à recolha e análise de todas as informações relacionadas com a recomendação sobre a permanência de dois elementos no cockpit, que durará até Março/Abril do próximo ano, e que será seguida de um relatório que ficará conhecido em Junho e que incluirá já uma decisão sobre o caminho a seguir.
No campo médico a EASA quer incluir no plano avaliações psicológicas, testes de álcool e drogas e um sistema de apoio e de notificação para pilotos. Para isso vai organizar um workshop médico – com todas as partes interessadas – em que se discutirão as recomendações e, com base nos resultados se redigirá um documento esboço que dicará sob consulta para melhor apreciação.
A EASA acrescenta ainda que está a considerar estabelecer directivas operacionais no primeiro trimestre de 2016 no que diz respeito a pormenores de segurança específicos. A criação de uma ferramenta de software que permitirá, já a partir de Dezembro de 2016, a partilha de informação médica e que poderá resolver a questão da omissão de declaração por parte dos pilotos está também na calha e é um projecto que será liderado pela mesma entidade. O maior entrave em relação ao uso desta ferramenta é a diferente abordagem que cada membro da União Europeia tem à questão da protecção de dados.