O grupo aéreo Etihad, dos Emirados Árabes Unidos, e o Grupo TUI, a maior organização mundial de viagens de férias, hotelaria e transporte aéreo de turistas, de matriz alemã, anunciaram nesta quinta-feira, dia 8 de junho, que abandonaram as negociações para criação de uma companhia aérea conjunta para o segmento de transporte de lazer (LINK notícia relacionada).
A Etihad, com base no Abu Dhabi, é a maior acionista da companhia aérea alemã Air Berlin, que se encontra em situação financeira muito difícil. Em outubro passado foram anunciados planos para constituição da nova empresa que juntaria a Niki, subsidiária austríaca da Air Berlin e a TUIfly, também subsidiária do Grupo TUI.
Nesta quinta-feira, o Grupo TUI informou os seus funcionários que a Etihad decidiu não continuar as negociações. Também o grupo árabe, em comunicado de imprensa confirmou a rutura do negócio, e informou que a Air Berlin vai continuar a trabalhar sob a marca Niki e anunciou que em breve haverá novas informações sobre o futuro da companhia alemã, que continua a ser a segunda maior da Alemanha.
A Air Berlin registou nos últimos dois anos um prejuízo de 1,2 mil milhões de euros (1,3 biliões de dólares norte-americanos). Na quarta-feira, responsáveis pela companhia disseram que estão dispostos a trabalhar diretamente com a Lufthansa, o que pode significar a existência de alguns contatos com vista a uma parceria com a maior companhia aérea da Alemanha, que por sua vez é dona ou acionista principal de outras companhias europeias, nomeadamente a Austrian Airlines, a Brussels Airlines, a Swiss, a Edelweiss Air, a Germanwings e a Eurowings.
Desde setembro passado que a Air Berlin tem em execução um plano que prevê o aluguer de 38 aviões e respetivas tripulações da sua frota para a Lufthansa e um projeto de reestruturação que prevê a demissão de 1.200 funcionários.