A Fastjet Tanzania não irá voar mais, por falta de autorização legal e por um Tribunal Superior de Dar-es-Salaam, a segunda maior cidade da Tanzânia, que é também considerada a capital económica do País, ter declarado a companhia insolvente.
A sentença ordenou a liquidação da empresa aérea privada tanzaniana devido “a insolvência e incapacidade de pagar as suas dívidas”.
Na origem do processo, julgado primeiro num tribunal comercial, está uma ação interposta pela empresa de handling ‘Swissport Tanzania’, que reclamou cerca de dois milhões de xelins tanzanianos (pouco mais de 780 mil euros) pelas suas prestações de serviços à Fastjet, cujo pagamento está atrasado desde há vários meses. Agora juntam-se ao processo diversos outros credores, uma soma que não foi revelada ainda.
Desde janeiro deste ano que a companhia não podia voar, dado o facto das autoridades aeronáuticas tanzanianas não terem renovado o seu Certificado de Operador Aéreo (COA). A Autoridade Nacional de Aviação Civil da Tanzânia (TCAA) tinha prometido rever todo o processo em novembro passado. Contudo, face aos problemas económicos e financeiros que levaram as instâncias judiciais a ordenarem a liquidação da empresa aérea, o processo foi automaticamente fechado, disse um porta-voz do TCAA.
O grupo Fastjet passa por um mau momento na África, que poderá ser determinante para o seu futuro. Está em curso um processo de reestruturação do modelo de negócio nos outros países africanos onde a companhia trabalha. Recorde-se que no passado dia 26 de outubro a empresa decidiu abandonar as ligações domésticas em Moçambique por falta de rentabilidade (LINK notícia relacionada).