Fastjet suspende voos domésticos em Moçambique no final de Outubro

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A Fastjet Mozambique anunciou a suspensão das suas operações de voos domésticos em Moçambique, a partir da meia-noite de sábado, dia 26 de outubro de 2019. O principal motivo que leva a companhia a deixar a país de língua portuguesa do Índico é o excesso de oferta nas principais rotas onde opera, onde disputa o mercado com a LAM e a Ethiopian Moçambique.

Todos os voos, incluindo os acordos de code share com a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique para Maputo, Tete, Beira e Quelimane, serão suspensos a partir dessa data até novo aviso, refere um comunicado da empresa distribuído na manhã desta segunda-feira, dia 21 de outubro, em Maputo.

Os clientes que realizarem reservas em voos a partir de 27 de outubro de 2019 terão direito a um reembolso total.

Um porta-voz da Fastjet explicou que a decisão de suspender os voos resultou de uma revisão abrangente de todos os serviços oferecidos em Moçambique.

“A decisão de suspender os serviços só foi tomada após uma revisão considerável, principalmente devido ao compromisso significativo da Fastjet com Moçambique nos últimos dois anos. Mas o excesso de oferta contínua de assentos disponíveis por outras transportadoras em todas as rotas e o impacto financeiro negativo que isso está afetando nossos negócios significa que, infelizmente, essa é uma decisão que tivemos que tomar”, destaca a Fastjet no comunicado.

No entanto, a Fastjet assinala que se compromete a regressar a Moçambique quando “a demanda geral por viagens aéreas no país aumentou suficientemente em comparação com a capacidade fornecida para permitir a viabilidade financeira a longo prazo”.

A Fastjet “lamenta a inconveniência que isso possa ter sobre nossos valiosos clientes em Moçambique e queremos garantir que eles serão totalmente reembolsados” e destaca o “tremendo apoio que sempre teve das autoridades e dos agentes de viagens em Moçambique”.

A suspensão de voos em Moçambique não afeta nenhuma das operações do Fastjet Zimbabwe, que continua a operar serviços entre Harare, Joanesburgo, Bulawayo e Victoria Falls. Um mercado onde tem havido expansão. Por exemplo, entre Harare, capital do Zimbabué e Joanesburgo (África do Sul), existem presentemente 28 voos semanais.

A Fastjet entrou no mercado doméstico moçambicano no final do ano de 2017 (LINK notícia relacionada). Constituiu uma empresa subsidiária, com sede na capital moçambicana, denominada ‘Fastjet Mozambique Limitada’, que realizou o voo inaugural entre os aeroportos de Maputo e da Beira no dia 3 de novembro. Aproveitou a abertura do mercado doméstico de Moçambique a outras companhias, numa ocasião de grande necessidade de operadores aéreos no País, quando a companhia de bandeira nacional não conseguia cumprir a sua programação por falta de equipamentos e de tripulações habilitadas, uma situação de caos que mereceu a intervenção do próprio Presidente da República (LINK notícia relacionada).

A LAM foi reestruturada – um processo que ainda decorre – e verificou-se a atribuição de diversas linhas internas e internacionais a companhias estrangeiras, sendo a Ethiopian Moçambique, filial da Ethiopian Airlnes, a mais forte entre as que responderam ao apelo do Governo Moçambicano.

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