Frota de aviões comerciais do Brasil é a mais jovem do mundo, considera o Governo

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Em debate promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros do Brasil (FNE), na passada sexta-feira, na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), foi discutida a situação da infra-estrutura aeroportuária com o secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho e o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, além de vários líderes sindicais da classe em todo o País.

A troca de ideias levantou questões como o crescimento exponencial do mercado de aviação, que até os anos 2000 era considerado corporativo e de elite. Esse crescimento fez o Brasil atingir os 100 milhões de passageiros/ano em 2013 e segundo Guilherme Ramalho deve dobrar, “ou triplicar”, nos próximos 15 anos. “Se observarmos as expectativas mais pessimistas, elas garantem que em 2030 teremos o dobro, ou o triplo de passageiros que temos no cenário actual”, afirmou.

Guilherme Ramalho disse também que o sector de aviação nacional tem a frota mais nova do mundo, com idade média de 7,5 anos. Além dessa perspectiva positiva, o sector tem um nível de ocupação considerado baixo, comparado ao mercado internacional. Por aqui, 0,7 viagens acontecem por habitante, enquanto em países desenvolvidos esse número é de 1, 1,5 viagens por pessoa, o que indica espaço para crescimento do número de voos.

Para esse crescimento, o governo considera a meta de construir ou reformar 270 aeroportos em todo território nacional, e viabilizar assim mercados regionais que segundo Eduardo Sanovicz, pode relativizar os sectores e regiões que receberão o novo movimento, que será definido pela estratégia traçada pela administração federal. “No Rio de Janeiro, ninguém vai assistir copa numa TV de LED, ou comer salada em Manaus se não for por causa de um avião. Os microchips de celulares também andam de avião, já a soja anda de navio, então precisamos definir se o sector A ou o sector B, vai ser fomentado nas regiões C ou D”, exemplificou.

Questionado por líderes sindicais do Nordeste, sobre os atrasos em obras de melhoria e expansão dos aeroportos, o secretário-executivo defendeu o governo, dizendo que se o Brasil tem a expectativa de continuar crescendo neste mercado nos próximos 20 ou 30 anos, os aeroportos continuarão em obras também por esses 20 ou 30 anos.

Interrogado sobre se há diferença para as aéreas, entre operar em aeroportos administrados pela Infraero ante aeroportos administrados por concessionárias, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz foi claro ao afirmar que não acha o aparelho de estado ruim. “Nem de longe eu me alinho em pensar que o aparelho de estado é um mal em si, pelo contrário, é um bem em si”, disse. Contudo, reconheceu a facilidade ao trabalhar nos locais que estão nas mãos da iniciativa privada. “Hoje a gente fala com o director do aeroporto a parede precisa ser pintada e no dia seguinte a parede está pintada. A resolução de problemas é realizada de maneira mais simples”, concluiu.

 

  • Matéria publicada no ‘Diário Comércio Indústria & Serviços’, de São Paulo, Brasil

 

  • Imagem: Boeing 777-300 da TAM – Foto: Will Wantz

 

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