Governo da Rússia proíbe voos ‘charter’ de e para a Turquia

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A Rússia proibiu neste sábado, 28 de novembro, a realização de voos ‘charter’ de e para a Turquia. A meio da semana as autoridades russas já tinham recomendado aos seus cidadãos que deveriam evitar fazer férias em resorts turcos, tal como aconselhara antes em relação ao Egito, depois da queda do avião da Metrojet sobre a Península do Sinai. Segundo a imprensa de Moscovo, o Kremlin terá mesmo dado indicações à Federação Russa de Agências de Viagens para proibir as suas filiadas de vender pacotes de férias para a Turquia. Os turistas russos são responsáveis por uma percentagem importante da ocupação dos empreendimentos turístico-hoteleiros turcos. Em cada ano realizam-se milhares de voos charter que transportam centenas de milhar de turistas entre os dois países.

A decisão de proibir os voos fretados entre os dois países, utilizados na sua maioria para transportar turistas russos para a Turquia, nomeadamente para as praias da Antalaya, integra-se num pacote de sanções económicas decretadas na sequência do abate de um avião da Força Aérea da Rússia na fronteira com a Síria, quando este bombardeava posições de rebeldes islâmicos.

De acordo com o texto divulgado pelo Kremlin está ainda proibido aos empresários russos contratarem cidadãos turcos, bem como foram decididas restrições na emissão de vistos. Também será proibida ou limitada a entrada na Rússia de determinadas mercadorias provenientes da Turquia, de acordo uma lista que será elaborada pelo Governo.

No dia 24 de novembro, dois caças-bombardeiros F-16 da Força Aérea da Turquia abateram um Sukhoi Su-24 russo por este ter violado o espaço aéreo turco dez vezes num período de cinco minutos, ao longo da fronteira com a Síria, ignorando todas as advertências, segundo o Governo de Ancara.

Versão diferente apresentou Vladimir Putin, que assegurou que o Su-24 não ameaçava a Turquia e que sobrevoava território sírio, a quatro quilómetros da fronteira, advertindo que aquilo a que chamou de “facada nas costas” iria ter “consequências sérias” nas relações diplomáticas entre os dois países.

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