O governo moçambicano desmentiu as informações veiculadas por certos meios de comunicação social do País, segundo as quais a aeronave acabada de adquirir pela LAM/MEX seja para serviço privado da Presidência da República (LINK notícia relacionada).
O Fundo de Desenvolvimento dos Transportes (FTC), na pessoa do respectivo diretor executivo, Simão Mataruca, informou, na quarta-feira, que a aeronave foi adquirida pela empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e se destina ao segmento executivo da sua subsidiária, a MEX. Trata-se de um Bombardier Challenger, de 15 lugares, adquirido por cerca de 560 milhões de meticais (cerca de 9,2 milhões de dólares norte-americanos).
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Carlos Mesquita, abordado por jornalistas, em Maputo, ainda na quarta-feira, dia 15, confirmou a compra da aeronave, e esclareceu que não foi adquirida para o Presidente da República. “É uma aeronave para a LAM, para a MEX, com matrícula civil, uma aeronave que tem propósito específico em voos executivos, cujo segmento se está a mostrar bastante atractivo”, vincou o governante.
Carlos Mesquita não fechou as portas para um possível uso da aeronave pelo Presidente da República, pois foi adquirida para fins comerciais, pelo que a Presidência da República pode ser um cliente atrativo para esse segmento de negócio da MEX.
“Se a Presidência achar que também quer usar essa aeronave, em voos domésticos, para o Presidente da República ou, até mesmo, intercontinental, dentro de acordos que poderão ser estabelecidos, ele poderá fazer uso”, acrescentou o governante que explicou que a aeronave foi adquirida com o objectivo de minimizar o défice na frota da LAM, para atender à crescente demanda e a estratégia operacional, bem como para a empresa posicionar-se num mercado cada vez mais competitivo, em um espaço aéreo liberalizado.
Carlos Mesquita confirmou que deverão chegar a Moçambique em breve mais duas aeronaves (Bombardier Q400) com o mesmo objectivo de reforçar a frota da LAM.
Essas Bombardier não foram compradas. Estão a vir no regime de leasing. Tudo está no enquadramento de rentabilizar a LAM e trazer mais capacidade operativa e segura para a empresa, para que saiba enquadrar-se num mercado cada vez mais competitivo, informou.
Contudo, o ministro referiu que, mesmo com mais dois aviões, a LAM continuará a registar um défice de aeronaves na sua frota.
- A imagem de abertura é apenas ilustrativa. Trata-se da fotografia de um Bombardier Challenger, versão 605. Dado que não foram reveladas as especificações da aeronave adquirida pelo FTC para a LAM/MEX pode não corresponder ao avião que chegará em breve a Moçambique.