O grupo Lufthansa, que integra companhias aéreas da Alemanha, da Áustria e da Bélgica, e que foi resgatada pelo Estado alemão durante a pandemia de covid-19, registou um prejuízo de 584 milhões de euros até março passado, menos 44% que no ano anterior.
A Lufthansa refere num comunicado divulgado na passada quinta-feira, dia 5 de maio, que registou uma perda operacional (EBIT) de 640 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 44% que a registada no primeiro trimestre de 2021.
As receitas aumentaram entre janeiro e março para 5.363 milhões de euros (+109%), na sequência do aumento da procura de voos e de um recorde da filial de transporte de carga.
A Lufthansa espera “umas férias de Verão recordes”, depois de recuperar da propagação da variante Ómicron durante o primeiro trimestre.
No início do ano, a Lufthansa foi atingida por elevadas taxas de contágios, mas a procura começou a recuperar fortemente, especialmente em março.
“Para além da elevada procura turística, o segmento das viagens de negócios também assistiu a uma recuperação”, segundo o grupo aéreo alemão.
O presidente executivo do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou ao apresentar os números que “as restrições ao tráfego aéreo foram largamente ultrapassadas”.
“Estamos agora a ultrapassar mentalmente a crise e a entrar novamente na ofensiva”, acrescentou Spohr.
A Lufthansa salientou que a incerteza permanece para o negócio dos transportes aéreos e prevê aumentos nos preços dos bilhetes de avião.
“Tendo em conta as mudanças extremas no preço do querosene nas últimas semanas, a evolução dos custos de combustível em particular, não pode ser feita uma estimativa com precisão para todo o ano”, de acordo com a transportadora alemã.
Da mesma forma, a Lufthansa acrescenta, “os efeitos da guerra na Ucrânia e o aumento significativo da inflação no comportamento dos consumidores não podem ser estimados com precisão”.
Os ganhos médios para o resto do ano serão, pelo menos, uma elevada percentagem de um dígito em comparação com 2021, de modo a excederem o nível de crise pré-pandemia de 2019.