A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou nesta segunda-feira, dia 16 de novembro, orientações para o sector de carga aérea se preparar para a “distribuição em grande escala” de vacinas para a covid-19, dados os “desafios logísticos” que esta entrega vai acarretar.
“A entrega de milhares de milhões de doses de uma vacina que deve ser transportada e armazenada num estado ultracongelado para todo o mundo de forma eficiente vai envolver desafios logísticos extremamente complexos em toda a cadeia de abastecimento”, reconhece o presidente executivo da IATA, Alexandre de Juniac, em comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira, em Genebra, na Suíça.
A IATA preparou um documento denominado ‘IATA’s Guidance for Vaccine and Pharmaceutical Logistics and Distribution’ ,ao qual podem aceder clicando diretamente neste LINK, em que estabelece orientações que são dirigidas a todos os eventuais intervenientes nessa movimentação de cargas, que, estima a própria IATA, poder vir a ocupar nos próximos meses cerca de 800 mil voos feitos em aviões de grande capacidade e totalmente consagrados para transporte de carga aérea, com refrigeração a bordo.
Diversas companhias internacionais já manifestaram a sua adesão aos procedimentos necessários e indispensáveis para o transporte das vacinas contra a covid-19 e anunciaram que estão a preparar as suas frotas para tal efeito.
No comunicado difundido nesta segunda-feira, o presidente executivo da IATA observa que “embora o desafio imediato seja a implementação de medidas de teste de covid-19 para reabrir fronteiras sem necessidade de recorrer à quarentena”, é necessário a aviação “estar preparada”, em termos logísticos, para quando uma vacina estiver pronta”.
E foi para assegurar que “a indústria de carga aérea está pronta para apoiar a entrega, transporte e distribuição em grande escala de uma vacina” para a covid-19 que a IATA divulgou estas orientações ao setor, definidas em colaboração com a Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA), Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outras entidades.
“A orientação inclui um repositório de normas e diretrizes internacionais relacionadas com o transporte de vacinas e será atualizada regularmente à medida que a informação for sendo disponibilizada à indústria”, explica a IATA na nota de imprensa.
Em concreto, as diretrizes apontam a necessidade de “os governos restabelecerem a conectividade aérea para assegurar a disponibilidade de capacidade adequada para a distribuição de vacinas” e de assegurar “instalações ultracongeladas em toda a cadeia de abastecimento”, que terão de ser geridas por “pessoal treinado para lidar com vacinas sensíveis ao tempo e à temperatura”.
Acresce que “as aprovações regulamentares atempadas e o armazenamento e desalfandegamento pelas autoridades aduaneiras e sanitárias serão essenciais”, bem como a adoção de “disposições para garantir que as remessas permanecem seguras contra adulterações e roubos”.