Icelandair vende três Boeing 757-200 para conversão em cargueiros

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O Grupo Icelandair, da Islândia, anunciou na madrugada desta quinta-feira, dia 8 de outubro, que chegou a acordo para a venda de três aeronaves Boeing 757-200. As negociações serão concluídas nas próximas semanas, diz um comunicado distribuído em Reiquejavique, cidade sede da holding do grupo que detém a companhia aérea do mesmo nome.

As aeronaves serão convertidas e configuradas para o transporte exclusivo de carga.

O preço líquido de venda das três aeronaves, duas com 26 anos e outra com 20 anos de serviço, representará um encaixe de 21 milhões de dólares norte-americanos, entre dois a três milhões acima do atual valor contabilístico dos aviões, destaca o comunicado enviado pelo Grupo Icelandair à Bolsa de Valores da capital islandesa. Duas das aeronaves saíram de fábrica em 1994 e a outra em 2000. A transação está de acordo com o plano da empresa para eliminar gradualmente as aeronaves Boeing 757 de sua frota.

“A venda das três aeronaves Boeing 757 é um passo positivo para a companhia neste momento em que as operações de voo estão num patamar mínimo. Além disso, esta transação mostra que os aparelhos B757 ainda tem um valor considerável após um longo serviço para a companhia e continuarão a operar por muitos anos” diz Bogi Nils Bogason, presidente executivo do Grupo Icelandair. Devido à pandemia de covid-19, e apesar da vendas destas três aeronaves, a empresa tem aeronaves em excesso armazenadas, “que estarão prontas para operar quando as restrições de viagem forem suspensas e a demanda por viagens aéreas aumentar novamente”, acrescenta o responsável pela gestão do grupo aéreo islandês.

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde (atual CVA – Cabo Verde Airlines) por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (Grupo Icelandair) que ficou com 36% da ex-TACV) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada). Outra parcela, de 10 por cento, foi vendida no segundo semestre de 2019 a trabalhadores e emigrantes cabo-verdianos.

O grupo islandês foi o responsável pela reestruturação e pelas operações da CVA, fornecendo também os aviões que estão presentemente adstritos à frota da companhia cabo-verdiana. São três aviões Boeing 757-200 que, neste momento, estão estacionados em aeroportos dos Estados Unidos, a aguardar pela retoma dos voos internacionais. O CEO da companhia aérea de Cabo Verde foi também indigitado pelo Grupo Icelandair e é de nacionalidade islandesa.

 

  • Foto de abertura © Carlos Freitas

 

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