Indústria da aviação quer novos aviões que satisfaçam meta das emissões zero em 2050

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Os presidentes executivos de várias companhias ligadas à aviação alertaram nesta quinta-feira, dia 22 de abril, para a necessidade de se avançar imediatamente com o desenvolvimento de aviões que permitam atingir a meta das emissões zero em 2050.

Durante uma conferência, organizada pelo Programa ‘Clean Sky’, o presidente executivo do conglomerado francês Safran, Olivier Andriès, adiantou que é fundamental avançar rapidamente “para melhorar os esforços que são precisos para os aviões da próxima geração”.

Os líderes das empresas recordaram que pode demorar décadas até ao desenvolvimento de uma aeronave que cumpra as metas exigidas pela União Europeia em termos de emissões, em 2050.

Carsten Spohr, presidente executivo da Lufthansa, destacou duas medidas essenciais para atingir estas metas.

“A renovação de frotas é o mais eficiente para reduzir as emissões”, adiantou, salientando que a crise gerada pela pandemia de covid-19 “limita a capacidade de investir em aviões”.

“Precisamos de incentivos inteligentes para apoiar e acelerar o desenvolvimento desta frota”, referiu Carsten Spohr.

Além disso, de acordo com o presidente executivo da transportadora alemã, é preciso investir em combustíveis de aviação sustentáveis.

“Estamos comprometidos com isto já há dez anos, a trabalhar com fornecedores e universidades, mas há desafios: o preço”, adiantou.

“Se o custo por passageiro subir duas ou três vezes, o modelo de negócios fica insustentável”, disse Carsten Spohr, referindo ainda que, neste momento, a disponibilidade para este tipo de combustível ainda é baixa e alertando que o uso generalizado na Europa “vai distorcer a concorrência” em relação ao resto do mundo.

Por sua vez, o presidente executivo da Airbus, Guillaume Faury, alertou que na Europa a “tendência é regular e colocar impostos” no setor, enquanto “nos EUA se cria um ambiente para as empresas investirem”.

“Precisamos de ter um ambiente que nos iguale ao resto do mundo em que a inovação dê frutos. Queremos inovar e para ser rápidos queremos os meios”, destacou.

Para o Carsten Spohr, seria também importante “usar os impostos para investir na modernização da frota”.

 

 

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