Os voos da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, companhia aérea estatal deste país africano, estão a sofrer, desde a semana passada, diversos cancelamentos e atrasos, devido à falta de combustível para aviões em diversas cidades moçambicanas, justifica a empresa.
Um comunicado da LAM distribuído nesta segunda-feira, dia 5 de março, na cidade de Maputo, esclarece que devido a essas rupturas de combustível a atividade da companhia está condicionada, pelo que os voos entre Nampula, Tete e Joanesburgo poderão sofrer cancelamentos.
Na sexta-feira a companhia já tinha informado que a falta de combustível estava também a afetar a cidade de Pemba, no norte do país, pelo que os voos regulares para o aeroporto local deveriam sofrer restrições quanto ao embarque de passageiros e de carga.
Na República de Moçambique o combustível de avião é fornecido pela BP (British Petroleum), uma empresa petrolífera multinacional de matriz britânica que já tinha avisado formalmente a LAM de que não iria reabastecer mais os seus aviões dada a dívida de três milhões de dólares norte-americanos, que se arrasta consecutivamente.
O site norte-americano ‘Aviator.aero’ dedicado a consultadoria no sector da aviação comercial internacional confirmou nesta segunda-feira, dia 5 de março, que a LAM cancelou todos os voos regulares na sexta-feira passada face à severa falta de combustível em Moçambique e adianta que a situação económico-financeira da companhia aérea estatal de Moçambique é, no geral, muito má. Há também reclamações sobre a prestação de serviço a bordo. A gestão da empresa tem sido muito contestada e mantêm-se problemas recorrentes desde há muito tempo. A LAM desde há 20 anos que não apresenta qualquer resultado positivo, em termos de contas anuais.
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