Grandes são as incertezas e por isso será muito rápida a mudança em muitas industrias e a aviação sai destacada como um dos setores de mais rápido crescimento, e com mais dinâmica na economia global. É preciso uma nova geração de líderes de transporte aéreo. As transportadoras estão no jogo, são das mais rápidas e por isso os CEO das companhias aéreas devem-se adaptar aos novos cenários, novos modelos de negócios e ao mesmo tempo darem a orientação precisa às organizações. Mais importante ainda, terão de assegurar que têm as qualidades de liderança adequadas e que adotam práticas (apropriadas) de gestão e retenção de talentos.
De acordo com um inquérito aos principais decisores sobre o capital humano em toda a indústria mundial do transporte aéreo conduzido pela Egon Zehnder International em conjunto com a IATA em Outubro de 2011, a esmagadora maioria dos inquiridos não se sente capaz de prever as competências de gestão necessárias no futuro. Além disso, 56% acreditam que a reserva interna existente de talentos não é suficiente em tamanho e qualidade para abastecer futuros líderes e que, 95 % dos entrevistados dizem ter que haver mudanças fortes em competências de liderança agravadas pelo contexto de grande concorrência e acelerada mudança. É apenas um estudo!!!
Embora a qualidade de liderança seja um fator critico de sucesso e diferenciador, muitos “players” ainda tentam dominar o negócio, pelo difícil que é apresentar margens decentes, contudo, a missão de identificar e desenvolver talentos de liderança é igualmente critico. Para as mudanças necessárias, os líderes de RH já são os co-pilotos da mudança.
Liderança, coaching, pessoas, atitudes, são todas palavras essenciais à mudança, mas é necessário que na pratica as lideranças de topo orientem e abram caminho. Não se cuidam de pessoas com discursos redondos e orientados para a utopia, e muito menos, não se treinam pessoas para um jogo diferente. Não se pode tratar bem um cliente quando internamente não se é apreciado.
Na industria da aviação comercial a relação com as pessoas, está inerente um fator que em outras industrias também existe, mas com impacto diferente. No negocio aéreo a segurança é 100% e 99% é ERRO! Por esta razão, para citar a mais importante, a gestão das pessoas é critica. Escusado será dizer que um great place to work tem a vantagem de ser eleito pela industria (atração) que representa, mas igualmente importante, pela forma como os seus recursos são valorizados.
Liderança, inovação, formação/educação, conhecimento são predicados muito importantes para a disrupção que vai acontecendo de uma forma
avassaladora. Existem industrias que mostram uma parceria perfeita entre os CEO e os RH levando a mudanças muito importantes.
Os RH precisam de desempenhar um papel de liderança em estratégias de retenção de talento e abrirem-se ao mundo externo integrando lideres de diversas origens.
Rui, felicito-te pelo tema escolhido.
Parece-me adequada a reflexão sobre a indústria aeronáutica em matéria de liderança e cujos desafios são transversais a qualquer organização. Para complementar o tema pessoalmente considero que é líder aquele que prepara hoje a sua equipa para os desafios do futuro, este deve ser a tarefa por excelência de um líder. A dinâmica dos mercados requer modelos de negócios diferentes que por sua vez exigem líderes á altura, caso contrário, temos organizações num permanente colete-de-forças interno sem tempo para a formação, inovação e criação de talentos. Para terminar, a liderança deve ser matéria de eleição na definição da estratégia da organização (também esta adequada ao modelo de negócio), pois , só deste modo é possível almejar uma coerência entre estratégia e gestão de talentos.